(Time Transfixed - René Magritte)
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Quando fazia sol, deslizava ligeiramente para Norte. Com vento forte, abanava como um pequeno navio e em noites de chuva, havia sempre um tecto que metia água.
De manhã as crianças acordavam excitadas e percorriam todas as divisões até encontrarem a maior das poças e aí, conforme o tempo disponível e o humor de cada uma podiam:
-dar banho ao cão
-molhar os pés
-lavar a cara
-castigar as bonecas
-fazer corridas com barcos de papel
A avó dizia:
-Aproveitem bem a água da chuva, tem propriedades miraculosas!
Mas a seguir, saía para o jardim e esquecia-se de explicar como é que se deveria guardar aquela água.
Quando se abriam as torneiras da cozinha, as banheiras enchiam e para lavar as hortaliças e a fruta era preciso dar três pulos em frente do lava-louça.
Os canos faziam ruídos estranhos, mas neste caso toda a gente sabia por Julio Cortázar, que era o Urso que há muito se tinha mudado para ali e até lhe enviavam mensagens quando bebiam água pela torneira.
Para terem água quente era preciso esperar pelo jardineiro, pois era o único a quem a velha caldeira obedecia.
A caldeira não gostava da voz da avó, odiava vozes de criança, detestava adultos, mas gostava do jardineiro que lhe cantava canções napolitanas, que lhe falava das rosas, da magnólia, dos limoeiros e da salsa e que lhe dizia:
-Um dia levo-te comigo lá para fora! Tens toda a razão em estar cansada e temperamental, há tantos anos nesta cave escura!
E permanecia ali junto dela, entoando árias até a família inteira tomar banho e lavar os dentes.
Naquela casa ninguém cantava no banho.
Nas madrugadas de nevoeiro, a grande escadaria de madeira, com o seu belo corrimão torneado, rangia como um casco velho e ao pequeno almoço alguém dizia:
-Sonhei com piratas! Vá-se lá saber porquê...
A mais bela, calma e desarrumada divisão da casa era a sala da lareira, com a sua enorme chaminé de pedra, as paredes repletas de estantes e de quadros, o piano e o violoncelo, os cavaletes de pintura e de música, a mesa de jogos, o canto dos brinquedos, os sofás confortáveis onde se podia ler um livro ou dormir a sesta e dezenas de almofadas espalhadas pelo chão, onde havia sempre um gato enroscado.
No Inverno o Sol penetrava pelas enormes janelas e portas de vidro, aquecendo-a o dia todo, por isso ninguém sabia, porque é que naquela sala havia uma chaminé que não se acendia.
Por seu lado, a chaminé, despojada da sua legítima ambição de conter em si um belo fogo, andava inquieta e no silêncio das suas paredes sem níveis elevados de dióxido de carbono, ouvia todos os sons da casa, o estalar dos móveis, as teclas do piano, o virar de uma página, o deslizar de um pincel na tela crua, um suspiro na noite e os passos no sótão.
E como precisava absolutamente de encontrar um sentido para a sua existência, passou a responder a cada um dos que escolhiam o seu canto para pensar, chorar ou contar um segredo.
A chaminé sabia onde estavam os cigarros, o carregador dos telemóveis, o batom, a bateria do computador, a chave do carro e, na solidez das pedras da sua inquieta solidão, passou a compreender os sentimentos de amor, coragem, raiva e medo.
Por seu lado quem procurava paz, inspiração ou simplesmente uma boa ideia, podia estar certo que era ali que as encontraria. Afinal a chaminé comunicava directamente com as estrelas.
Numa noite de um Inverno mais rigoroso, um visitante perguntou:
-Nunca acendem a la...?
-NÃO!!!
E no silêncio que se instalou, uma pedra soltou-se e caiu sem grande ruído.
De manhã as crianças acordavam excitadas e percorriam todas as divisões até encontrarem a maior das poças e aí, conforme o tempo disponível e o humor de cada uma podiam:
-dar banho ao cão
-molhar os pés
-lavar a cara
-castigar as bonecas
-fazer corridas com barcos de papel
A avó dizia:
-Aproveitem bem a água da chuva, tem propriedades miraculosas!
Mas a seguir, saía para o jardim e esquecia-se de explicar como é que se deveria guardar aquela água.
Quando se abriam as torneiras da cozinha, as banheiras enchiam e para lavar as hortaliças e a fruta era preciso dar três pulos em frente do lava-louça.
Os canos faziam ruídos estranhos, mas neste caso toda a gente sabia por Julio Cortázar, que era o Urso que há muito se tinha mudado para ali e até lhe enviavam mensagens quando bebiam água pela torneira.
Para terem água quente era preciso esperar pelo jardineiro, pois era o único a quem a velha caldeira obedecia.
A caldeira não gostava da voz da avó, odiava vozes de criança, detestava adultos, mas gostava do jardineiro que lhe cantava canções napolitanas, que lhe falava das rosas, da magnólia, dos limoeiros e da salsa e que lhe dizia:
-Um dia levo-te comigo lá para fora! Tens toda a razão em estar cansada e temperamental, há tantos anos nesta cave escura!
E permanecia ali junto dela, entoando árias até a família inteira tomar banho e lavar os dentes.
Naquela casa ninguém cantava no banho.
Nas madrugadas de nevoeiro, a grande escadaria de madeira, com o seu belo corrimão torneado, rangia como um casco velho e ao pequeno almoço alguém dizia:
-Sonhei com piratas! Vá-se lá saber porquê...
A mais bela, calma e desarrumada divisão da casa era a sala da lareira, com a sua enorme chaminé de pedra, as paredes repletas de estantes e de quadros, o piano e o violoncelo, os cavaletes de pintura e de música, a mesa de jogos, o canto dos brinquedos, os sofás confortáveis onde se podia ler um livro ou dormir a sesta e dezenas de almofadas espalhadas pelo chão, onde havia sempre um gato enroscado.
No Inverno o Sol penetrava pelas enormes janelas e portas de vidro, aquecendo-a o dia todo, por isso ninguém sabia, porque é que naquela sala havia uma chaminé que não se acendia.
Por seu lado, a chaminé, despojada da sua legítima ambição de conter em si um belo fogo, andava inquieta e no silêncio das suas paredes sem níveis elevados de dióxido de carbono, ouvia todos os sons da casa, o estalar dos móveis, as teclas do piano, o virar de uma página, o deslizar de um pincel na tela crua, um suspiro na noite e os passos no sótão.
E como precisava absolutamente de encontrar um sentido para a sua existência, passou a responder a cada um dos que escolhiam o seu canto para pensar, chorar ou contar um segredo.
A chaminé sabia onde estavam os cigarros, o carregador dos telemóveis, o batom, a bateria do computador, a chave do carro e, na solidez das pedras da sua inquieta solidão, passou a compreender os sentimentos de amor, coragem, raiva e medo.
Por seu lado quem procurava paz, inspiração ou simplesmente uma boa ideia, podia estar certo que era ali que as encontraria. Afinal a chaminé comunicava directamente com as estrelas.
Numa noite de um Inverno mais rigoroso, um visitante perguntou:
-Nunca acendem a la...?
-NÃO!!!
E no silêncio que se instalou, uma pedra soltou-se e caiu sem grande ruído.
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Esta é uma página a meter água, onde se procura a linha directa entre a loucura e a felicidade.
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Manuela Baptista
Estoril, 10 de Outubro 2009
47 comentários:
Boa Noite, Manuela.
As vezes somos lareiras, todas, sem excessão, inquietas, e não nos satisfazemos só com o que é permitido ou possível.
Beijo
Renata
Sim...
Não sei se comentei com loucura ou felicidade.
Manela:
Como é que uma chaminé que comunica directamente com as estrelas, não há-de ser fonte de inspiração? E a ciência que ela guarda?
Mas...estava despojada da sua legitima ambição de conter em si um belo fogo. E porquê?? Porque esse fogo de sentimentos, cruzados de loucura e felicidade, de amor, coragem,raiva e medo, passaram para alguem que não se calou e, junto ao mar, continua a desfiar histórias que os outros gostam de ler!
Um beijo e a companhia para um chá gostoso depois da vitória da nossa Selecção... ( pronto, está descoberta a razão de eu ainda não ter aparecido na tua casa...)
LINHA DIRECTA
Entre a loucura e a felicidade há uma linha directa e feliz, tensa que baste, feita dos medos e das bravuras, dos desalentos e dos desejos, da loucura e da lucidez, da descrença e da crença, linha tão ténue e intensa que nos brada de feliz a vontade que é imensa.
Tão intensa que, se se pode partir também nos pode fazer convergir na felicidade!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Outubro de 2009
GRAÇA PEREIRA
Minha Querida,
Pelos vistos o nosso silêncio fundava-se numa e na mesma razão, a mesma que levou a lareira apagada e estar, ao meu lado, de olho em riste na Selecção ... caladinha de contente!
Mera coincidência!?
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 10 de Outubro de 2009
Jaime:
Fico mais contente... afinal, não estou só neste "clube" e, daqui para a frente começo a acreditar em milagres; o que é preciso é que o meu oração resista.... porque isto é dose!!!
Espero pelo chá da Manela e, desta feita, pode vir acompanhado com mais alguma coisita...merecemos!!! Um beijo. Graça
Alegria, Graça e Jaime
o chá será servido já de seguida, mas com um copito à mistura, para brindarmos à Selecção!
Amanhã vamos escolher (?)quem nos trama ou torna a vida das nossas comunidades mais humanizada e com mais qualidade de vida.
É assim uma espécie de Selecção...
Entretanto a lareira ouviu os vossos segredos, pois como ficaram a perceber, ela sabe sempre onde está a bateria e o pc.
Com um belo fogo na alma
beijos
Manuela Baptista
GRAÇA PEREIRA
Minha Querida,
Pode crer, se me incluem no chá, para o qual não quero ser impecilho, levarei comigo golpe de asa e boa disposição a rodos ...
... golitos, golitos, ficam para a Selecção marcar!
A lareira, essa ... ficará apagada.
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Outubro de 2009
Manuela,
Uma casa temperamental e diferente.
Uma lareira que afinal para alguma coisa servia.
Bela escolha do extracto do filme de Bergman.
Li e reli a sua Chaminé inquieta e que sabia afinal todos os pequenos segredos de uma casa.
Beijinhos
Filomena
Filomena
Ainda bem que gostou do texto e especialmente da cena de "Fanny e Alexander".
Apesar de não ter tradução, o humor é uma linguagem universal.
Na minha família existia uma personagem parecida com este Tio e quando reunia as crianças à sua volta, acredite que a loucura era semelhante a esta ou ainda melhor!
Um grande abraço
Manuela Baptista
BEautiful post !! Shot is fantastic !! Thanks for sharing.Unseen Rajasthan
Um domingo, sem passar por aí...não seria domingo!
Como tu dizes,Manela, daqui a pouco vamos ver quem nos vai tramar ...ou salvar!! E claro, aceitaremos de braços abertos a companhia do Jaime, porque ele não vem só... só por isso, é evidente!(amiga da onça)!
Deixo-vos em "suspense"...mas o abraço, esse, é já real!
Graça
Graça
obrigada pela visita!
Neste momemto e apesar da importância dos resultados, pode-se dizer que as reportagens televisivas das autarquicas são muito chatas....
Um beijo
Manuela Baptista
MANUELA BAPTISTA
O humor é como uma bufa ( ou peido ou pum ):
Não tem tradução!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Outubro de 2009
Jaime
Quando apagam um candelabro, chama-se vento forte.
Quem é que estava à espera que nas ajuizadinhas Histórias se acabasse aos peidos??
Ingmar Bergman!
Quem é que estava à espera que nas poças de água se afogasse um macaco??
Paula Rego!
Daqui para a frente vou desajuizar.
Manuela Baptista
MANUELA BAPTISTA
Caramba, foi preciso tanto tempo para tomares uma tão ajuizada decisão!
Mas mais vale tarde do que nunca ...!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Outubro de 2009
.
muit.íssimo bem esgalhado este conto no convexo das águas, lareiras, chaminés e estrelas .
. talvez uma pitada de simplicidade pessoal subjacente às entre.linhas, lhe desse um tom ainda mais artesanal, mantendo a plenitude de uma escrita perfeita . a sua .
. mas, pelo que vou conhecendo do seu verbar, o reflexo é este, no direito que lhe assiste e que respeito devida.mente .
. a cada dom o seu tom .
. uma boa semana, Manuela Baptista
.
Paulo
e muito bem esgalhada está a sua crítica, que agradeço.
Pensei que ninguém tinha percebido que esta é a minha casa...
É e não é. Tem recortes e colagens, umas pinceladas de cor, uns tons mais escuros, mas que é uma pintura é.
Poderia ter sido mais pessoal mas não foi, não sei explicar porquê.
Um abraço
Manuela Baptista
...Que lareira!
Banho de chuva...Não tem coisa melhor!Nossa,saia procurando uma poça de água para fazer corridas com barcos de papel!Minha mãe ficava louca...
Gostei demais.
Beijocas,
Linda Simões
beijocas
Manela:
A luz, nunca se pode esconder.
Eram 20 anos e o pai tinha partido há dois meses.
Hoje, a Alegria não veio tomar o café comigo e estranhei... Não se pode habituar mal os malandros...abusam logo!!!
Tambem me habituei a passar por aqui á noite...talvez as vozes da chaminé me chamem... é que há pessoas,só pelo facto de o serem, são prendas para os outros.
Um beijo amigo.
Graça
Para a Linda
Na próxima chuvada guardo uma água para si
dentro de uma garrafa
com um cinzel
gravo uma morada
Terra de Santa Cruz
e um nome Linda
com um beijo
Manuela Baptista
Graça Pereira
Quando o pai desaparece apaga-se uma Luz.
Deve ser bom ter um filho assim!
Eu diria que a Alegria, sumiu!
Nem café, nem chá.
Espero que não esteja inquieta e seja apenas uma questão de internet...
Ela habituou-nos mal, ou bem?
Graça,
obrigada por esta prenda com a qual termino este dia
que foi um dia bom
Um beijo
Manuela Baptista
Olá Manuela,
Que mágica chaminé e encantadora história....com tantos segredos só podia estar inquieta.
A comunicação com as estrelas demonstra sensibilidade e imaginação...adorei!
Gosto muito das suas histórias....esqueço-me que o são.
Um beijo com muita luz
Boa noite, minha querida.
Passei para tomarmos um chá, aqui ainda 21:31, hoje fui a casa de amigos, e falei de ti, de Graça, Jaime, Zé, Vera, pessoas que fizeram diferença em minha vida, pois sempre quis ter uma conversa como a que temos, poesia, política claro com Jaime a nos cercar (risos), e aqui achei Graça. Interessante que falo como se fossemos vizinhos e velhos amigos.Espero que este elo nunca se parta por desafeto.
Beijos
Rê
RÊ
Querida Amiga,
Com que então cerco-A pela política ...!?
Quer A cerque quer não, como a Renata, espero que este elo, como bons vizinhos, nunca se parta.
Os velhos amigos, como bons vizinhos e mesmo que se cerquem, ao que preferiria dizer seduzam, só deixam que os elos se partam se não fizerem tudo o que está ao seu alcance e mesmo que haja mal-entendidos (!), para que se reforcem.
E mesmo que a distância do mar os separe!
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Outubro de 2009
A pedra que caíu foi para que a comunicação com as estrelas fosse mais ampla. A chaminé já há muito tinh entendido qual a sua missão.
Um grande beijinho,
Maria Emília
Canduxa
em ligação directa às estrelas
é bom tê-la por aqui
um beijinho
Manuela Baptista
Rê,
minha querida vizinha
A Graça e eu sentimos a sua falta mas afinal estava estendidinha ao sol a tagarelar com os amigos!
Ainda bem!
Para que não se quebrem os elos
um beijo
Manuela Baptista
Maria Emília
sabe que tenho um fascínio por pedras!
Às vezes ainda dou por mim com uma fechada na mão, seja da praia ou de um muro.
Depois nunca as guardo, devolvo-as ao chão ou ao mar.
Um beijinho
e ainda bem que voltou
Manuela Baptista
Manela:
A nossa Alegria passou bem o feriado com amigos, numa deliciosa praia. Achei ternurento falar de nós de ti , do Jaime( as orelhas aqueceram?) de mim...os amigos desconhecidos (???) A Amizade é sempre um acto de fé e há coisas que não se explicam. Estamos a construir uma relação, numa sonata a quatro mãos (estou a incluir o Jaime) marcada pelo amor, pela dádiva, pela confiança, numa entrega que tem algo de misterioso!
Os elos, com o tempo, ganham ferrugem e então aí, são mais dificeis de desfazê-los. Ainda bem!
Um beijo para os dois.
Graça
Querida Graça
de sonatas gosto eu!
e do misterioso ainda mais.
Temos de arranjar 4 pianos, cá em casa há apenas um e eu toco flauta...
um beijo
Manuela Baptista
tem GRAÇA
Sonata a quatro mãos
é uma força que desata
empata
anima
e os ata
a elos mais fortes
empresta
a música como uma fresta
por onde o ar
de alegria se refresca
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Outubro de 2009
Bom dia, Manuela.
Venho aqui hoje para tentar lhe explicar o que é bolo de rolo, lembra um rocambole, ou seja, uma massa fina feita em tabuleiro e depois enrola junto a doce de goiaba, pode ser também recheado com doce de ameixa ou de leite, mas o tradicional aqui no nordeste é com goiabada, a uma delicatessen aqui que vende um ótimo "Casa dos Frios" e lá também tem vários importados como vinhos do porto, bacalhau, queijos e espumantes de primeira qualidade.
Espero que tenha explidado mais ou menos bem, Beijos
Renata
Manuela postei a foto do bolo.
Beijo
Alegria
Gostava muito de ver a foto do bolo rolo, mas não consigo aceder ao seu blog.
Aliás no seu perfil o blog não consta...Espero que seja temporário.
Eu acho que aqui, esse bolo chama-se torta, que normalmente é em massa de pão-de-ló, muito leve e fina e depois pode ser recheado de doce de ovos, de laranja, etc.
Já me está a crescer água na boca!
Muitos beijinhos e obrigada
Manuela Baptista
Que bom e terno será poder escrever histórias, criar e recriar, sonhar e fazer sonhar. A força é isto, mostrar aos outros a alegria, mesmo que por dentro o nosso ser se vá partindo e reagrupando. Quando for grande quero ser assim. Mas ainda não consigo ;-)))
Mil estrelas para o cimo da lareira.
Manela:
De manhã ainda consegui deixar-lhe um pedido: que o bem-te-vi, trouxesse no bico uma fatia desse bolo... mas agora, a porta está fechada! Será que o bolo acabou?
Tentarei mais logo.
Um beijo, minha querida(vou ver a Selecção).... Brindaremos????
GRaça
Xanfrada (agora já consegui!!!)
pequena sou eu, perante tanta generosidade!
na minha lareira apagada já está desenhada uma estrela com o seu nome.
Um beijo
Manuela Baptista
Graça
Viva a Selecção!!
Mas o jogo está muito óbvio, não está!
O Jaime até já está a ver os seus queridos telejornais...
Beijos
Manuela Baptista
Olá Manuela,
Embora já tendo passado por aqui só hoje escrevo, porque confesso só hoje consegui ler a sua história do princípio ao fim com muita atenção, depois de nos termos cruzado aí noutras esquinas, como diz.
Mais uma história sua muito bem escrita, onde revejo tanto do muito de algumas casas de um passado nalguns casos recente e de algumas famílias grandes e "loucas". Ainda conheço algumas. Essa linha directa entre a loucura e a felicidade é deslumbrante...
A Felicidade tem sempre muito da loucura que exiate dentro de nós, senão como explicariamos a felicidade em circunstâncias que por vezes nos parecem estranhas a ela?
Gosto do aconchego das lareiras e das estrelas com que enfeita a sua. Eu também me custava chamar a minha menina pelo nome com que ela se autodenomima, mas disse-o algumas vezes, depois apregoei-lhe o verdadeiro nome, talvez não o devesse ter feito, porque há momentos como este em que estranhamente ele é o maior dos carinhos.
Tudo de bom Manuela.
Um abraço.
Branca
Brancamar
Famílias grandes e loucas! Talvez não tão grande, mas muito louca, venha cá a casa e traga o barquinho de papel...
A sua menina, como lhe chama e sabendo muito pouco dela, deve ser uma grande mulher!
E quem somos nós que andamos por aqui e porque nome responderemos quando nos chamarem?
Um beijo
Manuela Baptista (este é meu...)
Gostei muito do enredo.
Nunca tinha parado para pensar na voz de uma chaminé.
bjs
Mariana
As vozes de uma chaminé, às vezes confundem-se com o vento...
Obrigada e um beijo
Manuela Baptista
Manela:
Só hoje li a poesia do Jaime: Tem Graça! Achei lindissima, de Mestre! Aliás, dei uma "espreitadela" ao blogue dele e...só para MESTRES.
Pura literatura. Vale a pena ficar por lá e digerir palavra por palavra, lentamente... Mas que par!!
Dei um pulo á Alegria que já tem a sua "casa" ordenada...ainda bem!
Do bolo, nem migalhas mas, em compensação há "pão" e do bom, como tu dizes...
Continuamos com fé e como somos do Clube do Desenrasca,já acredito que somos capazes de pôr uma lança em África!
Um beijo.
Graça
GRAÇA PEREIRA
Minha Querida,
Pela minha parte o meu muito obrigado!
Um beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 15 de Outubro de 2009
Boa noite, Manuela.
Realmente dois pães (risos), passei para nosso chá, trouxe bolo de rolo, chama Graça e vamos conversar.
Beijo em você e no Jaime.
Graça, Alegria e Jaime
Já cá estamos os quatro!
A água já ferveu e com bolo, pães e Mestres vamos fazer uma festa!!
Beijos
Manuela Baptista
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