Quando ele chegou ela mal deu por ele, pensou, a janela bateu com o vento, uma criança brincou com uma pedra nos vidros, uma fisga para matar os pássaros, crueldade da infância, quem diz que não, engana-se.
Olharam-se, ele reconheceu-a, pálida, magra, uma luz no olhar, tão jovem seria. A brancura imaculada do vestido.
Falou-lhe de desígnios e ela não entendeu, da dureza da vida, da inquietação da morte, ela riu-se. Perguntou-lhe, tens asas, és um pássaro? Ele não respondeu, envergonhado.
Se não és deste mundo, porque me vens desinquietar? Ele não sabia, cumpria uma vontade, um desejo, um destino, uma fortuna, uma sina. Contou-lhe de uma estrela, candente, que atearia fogo à erva fria, alumiaria a escuridão dos poços, a solidão das grutas, a crueza dos dias. Disse-lhe que seria belo. Ela sentiu compaixão por ele, cansado das palavras mas firme nas convicções, na ilusão de uma história que ainda não era a sua e disse que sim.
Calaram-se e escutaram o crepitar da lenha, a luz das velas oscilou um pouco, um cão vadio quebrou o silêncio da madrugada.
Olharam-se, ele reconheceu-a, pálida, magra, uma luz no olhar, tão jovem seria. A brancura imaculada do vestido.
Falou-lhe de desígnios e ela não entendeu, da dureza da vida, da inquietação da morte, ela riu-se. Perguntou-lhe, tens asas, és um pássaro? Ele não respondeu, envergonhado.
Se não és deste mundo, porque me vens desinquietar? Ele não sabia, cumpria uma vontade, um desejo, um destino, uma fortuna, uma sina. Contou-lhe de uma estrela, candente, que atearia fogo à erva fria, alumiaria a escuridão dos poços, a solidão das grutas, a crueza dos dias. Disse-lhe que seria belo. Ela sentiu compaixão por ele, cansado das palavras mas firme nas convicções, na ilusão de uma história que ainda não era a sua e disse que sim.
Calaram-se e escutaram o crepitar da lenha, a luz das velas oscilou um pouco, um cão vadio quebrou o silêncio da madrugada.
24 comentários:
.
. cumpria um/o mandamento . o do homem.entre.o.homem . entre.o.agora.e.o.de.pois .
.
. a espera .
.
. para que o agora possa ser um dia o de.pois e a dois . três . tantos . todos . juntos . unos . usufruam e fruam sob o desígnio da e.ternidade . da plenitude .
.
.
. onde a Lei é universal . o amor .
.
.
. ele já cá esteve .
.
. ela lá chegará ...
.
.
. íssimo feliz .
.
Haja o que houver, há-de haver sempre um cavaleiro da esperança...
(Manuela, já nem sei que diga da sua escrita. Quando a leio, abre-se sempre uma espécie de portal do tempo e é tudo tão real, tão convincente...)
Beijo :)
MANUELA BAPTISTA
...!
Obrigado pela tua ajuda e pela tua contribuição!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 8 de Dezembro de 2010
Olá Manela,
O silencio aquecido da lareira no labirinto iluminado de latido tão ténue …
encolhidas as palavras na luz de tantas velas…
agora o eco das ondas sempre a deslizar na areia…
nos seixos pequenos e nas conchas partidas…
os vestígios de tantas madrugadas onde recolher a espuma…
posso desenhar uma estrela?
E um peixe?
E um coração?
Tb posso escrever na areia bordada?
…
-
Podem – disse ele
…
Sempre o B ELO… gostei de+
!mensos Beijinhos
Tão lindo Manuela!
à luz develas tudo fica sublime, assim como sua poesia!
Beijos,
Bia
www.biaviagemambiental.blogspot.com
._______vim do andar debaixo...
trago no meu coração o calor "daquela manta quente"
.e
aqui fico na "inquietação" tranquila_______sim! porque existem inquietações.tranquilas [em mim]:)
.o
que o nosso coração palpita.sente
o.que o sangue grita dentro de nós________vida!
é a certeza que tudo se cumprirá. no seu propósito absoluto
...
belo
pelo sentido
belíssimo pelo verdadeiro
///
___________________///
beijO______ternO
E assim foi semeada a esperança e ainda é.
Rendo-me.
Em espera...
Porque a sua escrita é sempre redentora.
Um beijinho, Manuela
Lindo demais!
A demanda de uma ilusão, a firmeza das convicções num ser de outro mundo.
E o silêncio preenchido de quase tudo, na madrugada...
Adorei e saio pé ante pé para não quebrar a quietude e escutarem todos os sons da alma.
Beijos
Branca
sem palavras.
apenas que gostei muito de ler.
e tb me parece ouvir o crepitar da lenha a se transformar em calor que aquece o corpo e por vezes alma.
beij
Olá Manuela,
Depois de fruir da manta quente, leio este texto e por ele sigo e imagens colam-se ao pensamento, a jovem, o homem com asas, enviado para cumprir uma missão, a estrela, a espera...talvez os dias passem depressa...há o crepitar da lenha...a luz da vela...
... ...
Beijos,
Manuela
Manuela
digo-lhe apenas que me curvo à Luz deste Encontro Revelador e acendo uma vela à jovem magra e pálida de vestido imaculado...
passou agora no céu uma estrela cadente... sigo-lhe o rasto!
um beijo
walter
Manuela,
Ainda cansada mas sedenta das suas doces história vim aqui sentir a magia deste cantinho.
Cada palavra que escreve é como passáro em liberdade e sente-se acesa a chama do amor.
Uma delícia!
Espero voltar em breve.
mil beijinhos de luz
Manu.
Minha amiga ando ocupada mas logo voltarei, passei para matar a saudade de tuas histórias.
Beijo
Renata
Olá Manuela,
Vim deixar beijinhos e desejar bom fim de semana
beijinhos pimpi
...pimpi...
:))
Olá querida amiga
Lindo, tudo que escreve tem um poder, nos prende. Agora vou meditar.
Com muito carinho BJS.
Bom fim de semana.
"Calaram-se e escutaram o crepitar da lenha.."
E que bom que é sentir a esperança..neste silêncio de escuta e de contemplação..neste silêncio que nos faz bem que nos faz tanta falta...
Lindo lindo Manuela.
O Natal está a chegar e lembro o comboio de tantos apeadeiros...saudades no meu coração de um outro tempo muito bom que viverá para sempre em mim..:))
Muitos beijinhos num abracinho grande grande
dulce
As velas são bonitas, mas fazem-me errar o alvo por vezes...
Bento
.
. 20 .
.
. vin.te . ver .
.
. :))))))))))) .
.
. um bom domingo, querida "mANU" .
.
. e,,, .
.
. um . dois e três íssimos felizes .
.
Há anjos, há desígnios e há estrelas. Todos fazem parte dos sonhos. Só a dureza da vida não faz parte dos sonhos.
Abraço
subtil
simbólico
e iluminado
de poesia
*abraço*
...Quem sou
Nunca me encontrei na letra de uma canção
Nunca toquei duas notas seguidas em harmonia
Mas perdi-me às vezes na ilusão
Reencontrei-me com o amor
Amargura mora sempre com a razão
Um mágico nem sempre acerta
No seu golpe de mão
Mas fiz mil tentativas nesta viola
Nenhuma nota bateu-me certa
Sou um triste e patético tocador
Desta...Melodia Incompleta...
Doce beijo
Gostei muito do texto.
Para além da abstracção, que dá o título às tuas palavras, achei que existe algo de místico nelas.
Em qualquer caso, é um excelente texto e belíssimo.
Querida amiga, boa semana.
Um beijo.
grata a todos!
manuela
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