A aldeia, banhada por quatro mares, cinco rios e três lagos, era muito grande, mas todos sabiam exactamente onde começava e onde terminava.
Possuía também, duas montanhas, sete vales e uma floresta onde ninguém se perdia.
Possuía também, duas montanhas, sete vales e uma floresta onde ninguém se perdia.
Os rios e os lagos estavam limpos, os mares despoluídos, as montanhas não se agitavam e nos vales não soprava o vento. O sol nascia todos os dias às sete horas e desaparecia no horizonte, pontualmente às dezanove. A noite não era assustadora e negra e das estrelas, apenas restava o sol.
A Primavera era eterna e não fazia muito calor nem muito frio.
As pessoas eram belas e perfeitas, as crianças não faziam birras, não eram instáveis, nem disléxicas e os jovens não se interrogavam sobre a incorrecção do universo.
Os velhos eram invisíveis e não se saberia dizer qual era o tom das suas vozes.
As flores não cresciam nos campos, nem os pássaros voavam no céu eternamente azul e ninguém se recordava do seu canto.
As pessoas eram belas e perfeitas, as crianças não faziam birras, não eram instáveis, nem disléxicas e os jovens não se interrogavam sobre a incorrecção do universo.
Os velhos eram invisíveis e não se saberia dizer qual era o tom das suas vozes.
As flores não cresciam nos campos, nem os pássaros voavam no céu eternamente azul e ninguém se recordava do seu canto.
Claro que existiam músicos, mas por exemplo, um pianista nunca esborrachava notas, nem um barítono trocava escalas maiores por escalas menores. O público também não aplaudia nem vaiava, porque não saberia a razão para o fazer.
Os velhos invisíveis perguntavam-se, que filhos gerámos que não nos vêem, nem se vêem, que aldeia triste onde não sopra o vento, que mar sem peixes e sem luar?
E senhores sem nada, mas donos de um imenso tempo, pegaram em folhas de papel de seda branco e foram dobrando, em cada dobra, uma história de estrelas e pássaros, os dedos transformados em ágeis criadores.
Primeiro dobraram as estrelas e um deles disse, e se as soltássemos esta noite enquanto todos dormem?
E as centenas de estrelas de papel de seda instalaram-se nos céus, mas às sete horas quando o sol nasceu e os habitantes se levantaram, ninguém as viu.
Os velhos invisíveis não desistiram e todas as noites mantinham-se acordados e dobrando as finas folhas construíam pássaros, peixes, flores, luas e barcos vadios.
Do mais profundo da aldeia alguma coisa começou a mudar.
Os velhos invisíveis perguntavam-se, que filhos gerámos que não nos vêem, nem se vêem, que aldeia triste onde não sopra o vento, que mar sem peixes e sem luar?
E senhores sem nada, mas donos de um imenso tempo, pegaram em folhas de papel de seda branco e foram dobrando, em cada dobra, uma história de estrelas e pássaros, os dedos transformados em ágeis criadores.
Primeiro dobraram as estrelas e um deles disse, e se as soltássemos esta noite enquanto todos dormem?
E as centenas de estrelas de papel de seda instalaram-se nos céus, mas às sete horas quando o sol nasceu e os habitantes se levantaram, ninguém as viu.
Os velhos invisíveis não desistiram e todas as noites mantinham-se acordados e dobrando as finas folhas construíam pássaros, peixes, flores, luas e barcos vadios.
Do mais profundo da aldeia alguma coisa começou a mudar.
Primeiro foi um vento ligeiro que agitou as folhas, depois um frio intenso que os fez acordar e saíram descalços para a rua e os seus corações bateram com mais força enfrentando a noite escura, emudecidos, descobriram centenas de estrelas e de luas e milhares de pedacinhos de papel de seda branco que esvoaçavam ao luar.
E perguntaram, quem está a cantar?
E perguntaram, quem está a cantar?
-
-
Esta é uma página que deseja fazer visível os que se sentem invisíveis, diferentes, numa aldeia que se supõe feliz, celebrando Schubert e a sua Viagem de Inverno.
-
"Toi aussi, mon coeur, dans la lutte et la têmpete,
Si sauvage et téméraire,
Tu sens dans le calme ton dragon
Renaître en élans lancinants."
-
Manuela Baptista
Estoril, 20 de Novembro 2009
73 comentários:
Tua interpretação do inverno nos faz refletir sobre a VIDA.
...
Um abraço,
Linda Simões
A vida começa quando...Beijos.
Como todas as tuas histórias esta também dá que pensar!...
Schubert gosto muito, mas fiquei duplamente emocionada pela música e pelo cantor...
Bj,
Marisa
Linda,
intérprete deste blog,
(sem três pontinhos)
dou-te um abraço também!
Manuela
Rebelde
"A vida começa quando..."
...cantamos?
um abraço
Manuela
Marisa
Thomas Quasthoff pertence à geração vítima da Talidomida e recusaram-lhe a entrada no Conservatório de Hanover para estudar piano.
A sua vida e a sua carreira como Barítono são exemplos das dobragens necessárias para sermos humanos.
Um beijo
Manuela
Fátima
Lá fui ao site do TIL e confesso que ignorava a vertente social e terapêutico do projecto BrincArte Sem Fronteiras, nem sabia que estava de alguma forma ligada a ele.
Bonito!
Os actores principais do meu conto seriam os mais velhos, sempre invisíveis e postos de lado, mas o meu (!) barítono conquistou-nos.
Um abraço
Manuela
ACH, WAS FÜR EIN MENSCH
( Oh, mas que Pessoa )
A Arte reflecte aquilo que somos e quem canta assim ...
... supera e transfigura-se para lá dos condicionalismos que a nós, a nós sim (!), nos limitam no que, de relance, somos tentados a ver e a julgar.
Quando cantamos a vida explode em toda a sua exuberância e deixa-nos pasmados, esbofeteados por nos deixarmos guiar pelas aparências ...
Wunderschön!
( Maravilhoso! )
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Novembro de 2009
DEPOIS
Depois, não foram só os velhos, os mais velhos a dobrarem folhas de papel e libertando-as, formando enfeites e formas, pássaros e barquinhos, luas e sóis que despontaram ao luar.
Foram também os que escreviam, que é uma forma de desenhar ou fazer enfeites de papel e que rabiscaram o céu e o mar, a terra e o ar e tudo foi demonstrando os seus indisfarçáveis defeitos enriquecendo, embelezando a vida e a aldeia, os quatro mares, os cinco rios e os três lagos, montanhas e florestas e a imensidão perdida numa canção púrpura do tamanho do mundo e do calor ao frio do Inverno ...
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 21 de Novembro de 2009
Ao Jaime
Wunderschön!
Manuela
A TODOS
Eu às vezes explico pouco! Assim, os velhos invisíveis também ficaram transparentes perante o talento do cantor!
Eu queria falar de um mundo
que julgando-se exemplar, ignora os mais velhos e os que supõe diferentes, arredando-os como mobília estragada, para lares, casas de repouso (?!), residências acompanhadas e outras invenções, infantilizando-os e despudoradamente apagando, a chama que em todos arde!
Os esforços de inclusão,como o projecto
"BrincArte Sem Fronteiras", no Convento dos Cardais em Lisboa e outros são pérolas verdadeiras em mar sem ostras.
Bom fim de semana
e um abraço a todos
Manuela
Essa interpretação está perfeita.
Desejo para ti um grande e lindo fim de semana.
Beijos
Para a Mariana
um beijinho e um bom fim de semana.
Manuela Baptista
Para a Beatriz
uma flor cor-de-rosa e um abraço
Manuela Baptista
Os velhos invisíveis, visíveis uns aos outros,
não desistiram e sonharam acordados pássaros, peixes, flores, luas e barcos vadios,
que ficaram
E depois
com um vento frio, e corações profundamente aconchegados,
saíram para a rua e, nada...
nada nunca mais foi igual,
aquelas vidas haviam se tornado visíveis,
Uns aos outros.
E a lua essa permaneceu até ser dia.
Esta história Manuela foi, a que se seguiu...foi a última, e todas as anteriores já o foram antes,
com imensa e maravilhosa ternura e muitos afectos
histórias assim encantam
e acho tornam-nos melhores pessoas,
São instantes de magia
e precisamos de os ter
precisamos de lembrar a Esperança.
E ontem Manuela senti alguma nostalgia.. e alegria,
dos quarenta e poucos, nasci então,
E hoje diferente, aqui estou
E a Sua história Manuela, foi-o
um profundo alento ao meu Sentir e ao meu Estar d'hoje na Vida
dos quais consciente já não prescindo
História que de palavras se fez, e não precisou de mais nada
Um grande abraçinho
e um Obrigado pelo acalentar, pelas melhores palavras,
que tanto me aconchegaram,
ontem e hoje,
a minha Esperança
E beijinhos,
Dulce
Manuela!
Um conto para nos aquecer os corações neste Inverno que se aproxima acompanhado por uma voz magistral.
Obrigada e beijinhos
ORIGAMI
para a Dulce faço uma dobragem
com poucas voltas e muitas dobras
numa
dobro o tempo que encontrou aos quarenta e poucos
que são zero
para os velhos invisíveis ou visíveis, que nos trouxeram ao colo
nos contaram histórias
e nos ensinaram
a fazer laços nos embrulhos de Natal!
noutra
conto-lhe o segredo
que também a mim me faz pensar
que
a cada último conto
será verdadeiramente o último
e que depois não há mais nada para contar
e nas que ainda faltam
pergunto
se lhe devemos dar os parabéns
ou apenas um grande abraço
por estar aqui e ter voz para falar
Manuela Baptista
Filomena!
Se lhe aqueci o coração,
que mais há a acrescentar?
Gostamos muito de si e estamos à espera que nos desinquiete as linhas telefónicas
abane os fios
faça tremer os postes
e retire a luz às lâmpadas alogénicas!
Muitos beijinhos
Manuela Baptista
Quero os dois, inquestionávelmente, quero os dois:
Manuela,
quero os parabéns pelos 43,
e quero o abraço,
este quero-o Sempre.
Beijos e abraçinhos para Si!!
Dulce
PARABÉNS!!!
e
ABRAÇOS!!!
E que bom os amigos terem invadido a casa...
Manuela
DULCE AC
Ah, marota, com que então fez anos, bravo!
Muitos parabéns e um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 21 de Novembro de 2009
Esta é uma página de abraços
Na vida,nos jovens e velhos
...
Abraço a Dulce,pelo aniversário
A Manuela e Jaime
pelo carinho constante da acolhida
...
Manuela,
Obrigado.
Um pequeno obrigado,
(ein kleines Dankeschon)
por este conto.
Já me sinto transparente...
À DulceAC,
Parabéns!
...43?
Fazê-los não parece...
Um abraço,
Zé
Zé
obrigada pela presença!
Esta noite, os canos não o deixaram dormir?
um abraço
Manuela
Olá
Manuela,
BOM DIA..
Voltou hoje O Sol,
Que nos aquece e nos faz querer ir por aí
Respirar Respirar,
Misturarmo-nos com Outros
no silêncio dos nossos corações,
ou quem sabe, numa conversa ocasional,num sorriso, num gesto,
numa cúmplicidade tão simples
e por instantes sentirmos que vale a pena...
Vivermos,
sairmos de casa!!
OBRIGADOS Sentidos
ao Jaime, à Linda e ao Zé ..,
que Vos acompanho SIM (!)
Pelo que aqui nos vão deixando, todas as partilhas vivências, estados de alma,
É a Vida a manifestar-se neste Estar de que já não prescindo
E Zé,
A propósito do que escreveu,
"Parabéns!
...43?
Fazê-los não parece.."
É bem verdade, vivo a melhor expressão de mim mesma hoje, com esta idade
E quando assim é é Muito Bom
A idade não deixa de o Ser um crescimento...um outro Saber..
Muitos beijinhos e abracinhos para os 4!!!
dulce ac
Manuela,
Não, os canos já não pingam, a não ser quando ligo o esquentador. (tenho de tomar banho de vez em quando!)
O meu problema é ir ver o telejornal depois de jantar...
Como as notícias, ultimamente se transformaram numa estimulante chatice, de face oculta, tão oculta e tão pandémica, que acabo por adormecer.
Ontem foi excepção, pois aguentei até ao Plano Inclinado! ( O HMC está mais rabugento que eu!)
Bom Domingo, melhor semana,
Zé
O inverno com brisa de palavras e sentidos poéticos...
Gosto.
À Dulce
que trouxe o sol de um dia bonito!
ao Zé
distraído!! Não leu as palavras da Dulce...
Terá sido por causa do plano inclinado?
Abraços!
Manuela Baptista
João Videira Santos
Obrigada pelas palavras!
um abraço
Manuela Baptista
Um momento perfeito, a leitura desta interpretação do inverno.
Obrigada. Um beijo.
O poético e o belo sempre presente na sua escrita.
Histórias metafóricas de grande beleza.Esta de muito alento e esperança para os que se sentem invisíveis e diferentes e são tantos...às vezes apenas pelo facto de não se quererem alienar na normalização colectiva!
Adorei a interpretação ao piano da nossa Maria João Pires e a voz excepcional de Thomas Quasthoff e "roubei" para mim. :)
É um delírio ler as suas histórias, Manuela, precisa de saltar com elas para as livrarias.
Beijinho e boa semana.
Manuela,
Olá!
Hoje ao saír para olhar o Sol
Trouxe ao voltar na mão
um livro
para dar
Sim, porque "Natal pode mesmo ser num qualquer dia..."
No nosso melhor
Estar
Dar
E Receber
Pode ser em qualquer dia, sempre que o desejarmos!
E hoje tenho um livro para dar...
e ainda não é Natal,
É um livro de histórias
e é-o de histórias de Natal
Li uma dessas histórias "A noite em que o pai Natal foi preso"
e é linda!
(descansem os mais preocupados que o pai natal já saiu, e ninguém sabe onde está, mas sabemo-lo: em liberdade)
E porque ainda não é Natal e porque podemos sempre dar
talvez possamos vir a ler
muito perto uma história,
que poderá sê-lo: de tempo de Natal
Quem sabe(?)
Alguém, alguém o saberá...
O que acha Manuela?
Uma noite abençoada para Si,
beijinhos grandes,
Dulce
Graça
obrigada pelo seu momento perfeito!
Um beijo
Manuela
Branca
a quem roubo sempre o mar
Ladrão que rouba a ladrão...
Quanto às livrarias, costumo andar com o nariz metido nelas.
Da próxima, lembrar-me-ei de saltar.
Acha que é prudente?
um beijinho
Manuela Baptista
Dulce
não sei se é deste Outono
que só agora começou a esfriar
se da distracção centrada que às vezes me ataca
ou do sentido do vento
mas apenas ontem, me dei conta de que Novembro está a chegar ao fim!
Qualquer dia declaro aberta a estação do Natal e aí vai ficar a saber, pode crer.
Quanto às histórias, logo se verá...
Já agora, qual é o autor do livro que comprou?
Beijinhos
Manuela
Manuela
Mais uma história que de invisível pouco tem, a não ser o facto de a invisibilidade ser muitas vezes uma forma de nos tornarmos verdadeiramente visíveis.
Essa aldeia onde vivem velhos invisíveis que enchem o céu de estrelas só pode ser o paraíso!
Não salte para a estação do Natal,please!
Fiquemos apenas na invisibilidade.
1 beijinho com amizade e sintomas de gripe (que não a A).
Ana Cristina
"Gloria in Excelsis - As Mais Belas Histórias Portuguesas de Natal"
(Escolhidas por Vasco Graça Moura)
Olá.
Manuela, estamos mesmo quase em Dezembro, e logo logo chega o tempo de tão grandes afectos e de nostalgias tristes (e algumas alegres), por sentir profundamente não termos todos o mesmo...
Neste tempo tão próprio do Natal.
Beijinhos
com um vislumbrar já do azevinho a chegar..
dulce
ANA CRISTINA
Minha Querida,
Prontas melhoras!
Beijinhos
Jaime Latino Ferreira
Estopril, 22 de Novembro de 2009
A vida começa quando acreditamos que todos os sonhos se podem transformar em realidade;
quando alguém invisível acredita que as suas estrelas de papel, os passáros, os barcos,as árvores... um dia vão ganhar vida;
quando uma mulher atenta pega numa caneta e num papel e alinha palavras saídas do coração e as deixa para reflexão;
quando despertamos e conseguimos ver que todos juntos somos UM;
quando olhamos de frente para os nossos idosos e irmãos diferentes e conseguimos estender a mão e dar um sorriso…deixando assim de ser invisíveis.
A vida começa quando não desistimos e ouvimos o som maravilhoso desta música que nos chega à alma e nos faz olhar o Mundo com amor.
Manuela, não tenho palavras para lhe dizer o quanto a sua "história" me emocionou.
Um beijinho cheio de luz
Manuela,
É na minha certeza
Uma das mais bonitas
histórias de Natal
"O suave milagre", do nosso Eça de Queirós...
Até amanhã.
Beijinhos,
Dulce
Curiosamente, Manuela, penso que esta história tem que ver com a frase que hoje deixei no novo blog da Anima Mundi. Quando no outro dia lhe fiz o convite para vir contar histórias aqui, neste espaço que estou a lançar, não era brincadeira. É que acho que a Manuela é uma fabulosa contadora de histórias.
Maria Emília Pires - Anima Mundi
À Manuela,
Não, não la a Dulce.
Caramba, depois isto também já vai em quarenta e tal comentários!(boa desculpa não é?)
À Dulce,
Lamento não ter lido a sua asserção. (imperdoável, sobretudo pelo seu explicito acompanhamento, que não reciproquei)
Assim, modestamente, só me restaria retribuir 1/4 dos abraços.
Para a compensar, retribuo, enviando-lhe 1/1 abraço!
Direi ainda sobre palavras suas:
"A idade não deixa de o Ser um crescimento...um outro Saber".
Em mim a idade vai tendo... Saber que o Ser cada vez tem mais dificuldade em acompanhar.
Não me sinto mal todavia, pois vou criando Amigos, que até me perdoam..
Reconhecidos, não mitigados, Beijos e abraços
Zé
Manuela,
No primeiro paragrafo falta lá uma vogal... não li a Dulce...
Zé
Manuela,
Lembrou o José
e Ele lembrou-se
...
A verdade, a minha:
Inquestionávelmente, perdoável o Seu "esquecimento", que acaba por não o ser!
E Obrigado José pelo 1/1 abraço
Cá o recebi!!
Manuela,
São as histórias que nos escreve
e nos trás, que nos fazem andar e cirandar
sempre encantados...
e a distracção acontece
sempre tão naturalmente!!
José (definitivamente José e não Zé, porque gosto mais, só por isso e, se mo permitir...),
E que agora assentindo nas palavras que escreveu
e que infra transcrevo, escrever-Lhe:
"Em mim a idade vai tendo...Saber que o Ser cada vez tem mais dificuldade em acompanhar."
Talvez o vamos sendo
na idade mais abrangentes, e no entanto, no acompanhar, mais selectivos
E o Ser-se selectivo nos diversos quadrantes da vida pode...
pode efectivamente criar-nos muitas vezes dificuldades
E os Amigos de que escreve,
que Estão e que o perdoam José
não é por um acaso
É por se-lo para Si
É essa a diferença, que penso,
distingue os bons amigos que vamos criando na vida,
Porque na verdade
Merecemo-lo.
E o avançarmos na idade, nesse Saber diferente
é irmos de encontro a esse mérito que, ouso dizê-lo, é recíproco.
E termos amigos, nesta recíprocidade, é maravilhoso (!)
Beijinhos para os 2, na proporção de 1/1.
Dulce
Manuela,
Isto é que vai para aqui um enredo(!?)
Você e o Jaime, claro, são definitivamente os arguidos, ainda sem culpa formada. (onde é que eu já ouvi isto?)
À Dulce,
Minha Cara Amiga,
Primeiro dizer-lhe que chamar-me José lhe passa a ser permitido, não como excepção, mas porque quem sou eu para lhe negar um prazer, que até lhe é legitimo, pois o meu nome é de facto José, não o diminutivo Zé.
Depois, se me permite, pedir-lhe o favor de abolir as cabídolas, quando se referir a mim, ao José que prefere, ao Zé.
Agradeço a deferência, mas não a mereço.
Mais, entre Amigos, esse tratamento é quase estultificar o que importa.
A Amizade.
...dificultando, ainda por cima, a sua fluidez ortográfica!
Quanto a todo o resto, estou de acordo.
Por isso,
obrigado por me considerar, selectivamente, seu Amigo.
É Bom Saber, (Sabe Bem) ter Seres Amigos assim,
Beijos, reconhecidos, sem proporções aritméticas,
José (vulgo Zé)
Ps. Se não for impertinência, permita que lhe pergunte: a que corresponde o AC?
Ana Cristina
A gripe Não A é muito democrática, este ano até eu a conheci, coisa que nunca me tinha acontecido na vida!
Desejando que esteja em fase de exterminação da mesma, digo-lhe que para mim ainda faltam alguns apeadeiros para a estação do Natal e este combóio pára em todas...
O seu comentário fez-me recordar o filme "A Vila" de M. Night Shyamalan, lembra-se?
As melhoras e um beijinho
Manuela
À Dulce
e ao José (que é de facto mais bonito, do que Zé...)
adorei a vossa conversa e se não fosse tão difícil encontrar o fio a meada nestes comentários, eu diria
continuem se fazem favor!
Existem blogs com umas caixas de comentários, em que as respostas aparecem logo a seguir aos textos dos comentadores, mas eu não sei programar isso.
(se é que alguém percebeu o que é isso....)
Abraços aos dois
Manuela
Canduxa
Sem palavras para descrever quanto a emocionei?
Mas descreveu tão bem, que até eu me emocionei como se a história fosse sua!
retribuindo os seus beijinhos luminosos
Manuela
Maria Emília
Obrigada pela sua alma do mundo, verdadeira e acolhedora.
Já fui ao site e digo-lhe que está bonito e explícito.
A minha experiência de contar histórias é com crianças e penso que talvez seja uma boa fazedora de histórias. Para partilhar com outros, teria de ser uma muito boa contadora.
No entanto gostava de conhecer o seu espaço e quando surgir oportunidade contacto-a e ficaremos a conhecer-nos, está bem?
Muito obrigada pelo seu convite que ficará a germinar como semente neste Inverno!
Um beijinho
Manuela Baptista
Manuela
Vi "A Vila" numa sessão da meia noite no CascaisVilla.
Apropriado,não acha?
Ou antes,acho que vi mas será que vi mesmo.
Ilusão ou realidade.
Vi,vi mesmo.
Gostei mais de "O Sexto Sentido", mas Shyamalan é um realizador do fantástico que aprecio.
Agora que reli o meu comentário sobre a invisibilidade entendo perfeitamente a sua comparação,rsrsr!
Hoje,mais uma vez me lembrei de si,quando numa sala meninos de 3 anos representavam num papel o Outono.
Invariavelmente,todos os papéis reflectiam um Outono com uma folha seca e castanha colada no contorno previamente feito a lápis para o efeito.
Ah,para além da folha havia também uma bolota colada,o que é relevante...
Fico feliz em saber que pelo menos nos conceitos sobre o Outono, há 20 meninos(as) de 3 anos que estão completamente de acordo!!!
Quase senti a nossa troca de olhares quando vi os papéis todos alinhados na parede da sala...!
1 abraço que se sente mesmo que invisível.
Ana Cristina
(Nota:a mudança de foto tem a ver com o meu conceito de Outono.
Acha que mude para uma folha e uma bolota?)
A Folha e a Bolota
paradigma dominante,
quando a criatividade educativa regressa à estaca zero ou seja não existe.
Se pelo menos deixassem as crianças pensar!
Claro que há folhas secas no Outono, mas não são as únicas coisas secas. Além da séca, claro.
Acho que a sua foto está bem, além disso a bolota não cabia no visor e a folha é invísivel...
Um abraço visível, mesmo que intocável
Manuela
para si, Nini, claro!
Manuela,
Também eu hoje ao olhar pela janela reparei nele, no Outono, mesmo ali no cair da folha..
Gosto muito de viver este tempo,
tem um sentir tão próprio,
dizem-no que no Outono temos de estar preparados, armados...com muita vitamina, para não esmorecermos no "cair da folha", por vezes sinto-o um desfalecimento na minha animosidade, nostalgias..., mas logo a seguir recomponho e recomeço!!
Quanto ao Natal... ainda bem que o seu comboio pára em todos os apeadeiros, podemos sempre ir a correr apanhá-lo na estação seguinte, quando não o conseguirmos aqui e agora.
Eu comecei mais cedo a pensar nele, no Natal porque...
bem porque sei não vai ser fácil este ano chegar lá, por isso penso-o mais cedo
Explico-lhe, em Julho deixou-me, deixou-nos a todos os amigos e família, uma grande amiga, recordo-a sobretudo como amiga, era tão recíproco..e mal tive tempo, para me despedir, fico a pensar que o poderia ter feito diferente, estando mais presente...a Helena, era uma pessoa muito actuante, criativa, no Natal trazia-nos sempre umas flores de outono, um bouquet, o que fosse que fizesse era sempre perfeito e muito bonito
agora sinto-lhe a falta, das conversas, dos sorrisos, da sua presença...daquele abraçinho que davámos sempre sempre que nos víamos onde fosse,
hoje já só sonho com esse tão grande afecto, um tão simples abraço...
Foi por isso e só por isso que já pensei no Natal,
porque a verdade a verdade é que sei que em instantes, quando for, vou sentir aquela tristeza tão profunda,
e estes momentos também fazem parte das nossas vidas, sei-o.
Desculpe Manuela por este momento, e Obrigada por estar aí.
Fez-me bem escrever estas palavras.
Beijinho grande,
Dulce
Manuela,
Agora vou terminar
as palavras que tenho ainda a escrever ao José, por hoje
Abolidas as cabídolas, recomeço
e ainda a propósito do que escreveu José
"Mais, entre Amigos, esse tratamento é quase estultificar o que importa.
A Amizade."
Poderá não o ser, esse quase pode nem chegar nunca a se-lo, se essa não for a intenção de quem as palavras escreve, como o não era, a minha.
Quanto ao AC...
nenhuma impertinência!
Beijinhos,
Dulce Antunes Costa
E até amanhã.
Manuela,
Irremediavelmente me dou por vencido, quanto à evidente prevalência do gosto pelo José em detrimento do Zé.
À Dulce,
Também o Outono me é grato. Nasci no seu começo...(talvez por isso, o que pinto tem predominância dos tons castanhos)
Depois,
após tão expressiva e terna forma de falar duma Amiga, não tenho espaço para mais do que desejar-lhe uma boa noite, na quietude do Outono que ainda perdurará, por certo, para além do Natal...
José
MANUELA BAPTISTA
Este teu blogue está-se a tornar um autêntico engarrafamento urbano ...!
Caramba, não se pode estar um dia fora e zás, torna-se tudo num imenso frenesim.
Apenas duas coisas:
Com que então Dulce Antunes Costa!
Por fim, cito-te:
"( ... ) Se pelo menos deixassem as crianças pensar ( ... )"
E remato:
Se pelo menos não condicionassem as crianças para que os adultos, verdadeiramente por elas interpelados, se sentissem, finalmente, obrigados a pensar!!!
E agora, retiro-me para o meu blogue para nele obsequiar os meus comentadores e eventualmente publicar uma nova página.
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 23 de Novembro de 2009
O tempo, Manuela, esse grande arquitecto.
Um beijinho,
Maria Emília
Linda Manuela,
pela parte que me toca "diferentes" agradeço este post tão belo.
Os invisiveis da 2ª juventude, ( 3ª idade é ultrapassado rsss ) ficaram bem homenageados com palavras sábias de quem conhece a realidade dos nossos dias e do que vai no mundo...
Existem tantas pessoas "diferentes/esquecidas" ...fabulosas a descobrir...basta querermos.
Estou a dar turrinhas no computador... mas teimosa em continuar este comentário que será o último de hoje e ainda com gripe não A e como li que já sofreu a sua passagem sabe o quanto ela devasta a nivel pulmonar.
Muito agradeço as fantásticas palavras por cá e por lá e a referência ao meu Ser...
Deixo o meu email se um dia quiser usar...clubeautista@hotmail.com
Beijinhos e boa semana
DESLUMBRANTE !!Tantas lições a tirar desta aldeia que queria ser feliz...
Então, todos podem fazer estrelas, pássaros, barquinhos... e deixam de ser invisíveis..escutam emocionados (como eu) a música...
Oh,Manela que coisas lindas que escreves... eu fico como os invisíveis: ENCANTADA!
Obrigada pela tua presença no dia 22! Um beijo meu e do sobrinho Nuno ( que acha espetacular o modo como escreves- palavras dele...)
Graça
Dulce
falando de comboios, a próxima página foi inspirada por si!
Não fique triste com os meus comentários e os da Ana Cristina!
Sabe, ela foi durante muitos anos, minha colega e depois minha coordenadora e tivemos muitos projectos juntas aqui no concelho de Cascais.
Temos uma cumplicidade que às vezes não é perceptível para quem não é da mesma tribo. Por tribo, entenda-se, trabalhar na área da Educação e Acção Social.
Aliás, era ela a primeira a enfeitar todos os gabinetes mal lhe cheirava a Natal! Já vê...
Lamento pela sua perda da sua amiga. E aí calo-me e oiço-a.
Um grande beijinho
Manuela
Lisa B
Bonito, ter vindo aqui!
Não vou esquecer, nunca!
um beijinho
Manuela
Graça
já sentia a tua falta, mas em nome do meu novo sobrinho, compreendo!
Volta sempre!
Beijinhos
Manuela
José e Jaime
ficam para o fim, mas é apenas porque são cavalheiros e eu já estou cansada e cheia de vontade de jantar!
Abraços
Manuela
Manuela:
Muito Obrigada....
Não tem pelo que pedir desculpa,
o Vosso lembrar o Outono
a Vossa viagem pelos apeadeiros
Nesse seu comboio Manuela
que vai numa viagem que sem procurar encontrará o destino
e ajudar-nos-á no encontrar
O nosso,
E ao passar por mim, trouxe-me algumas palavras,
aquelas que vos deixei
E deixá-las lá onde ficaram
fez-me bem
Por isso, obrigada.
E fiquei curiosa muito ansiosa
pelo comboio, o seu Manuela,
que estou certa (!)
voltará a passar
...quando quando ???!!!
Muitos beijinhos e um abraço!
Dulce
Pedido especial:
Manuela, diga por favor ao Jaime para dar uma "Escapadela", ao dia 10 de Novembro, ler aí as palavras que lhe deixei
E a propósito um beijinho Jaime,
Dulce Antunes da Costa
(já lá o era também nas palavras, antes portanto de o ser aqui...)
E ao José,
que vou ao endereço que me deixou,
e sei irei em tempo...
E um beijinho,
Dulce
DULCE ANTUNES DA COSTA
Boa Amiga,
Lá vou eu ao dia dez de Novembro ler e comentar, já o sabe (!), o que escreveu ...
Um beijinho também para Si
Jaime Latino Ferreira
Estoril 24 de Novembro de 2009
Manuela, Jaime!
Sorry...
por lapso esqueci-me de dizer que a "Escapadela" era a uma "Escalada" que aconteceu no dia 9 de Novembro,
E o meu comentário esse sim foi-o no dia 10...
Transcrevo a parte que interessa, agora, ler
"...
Dulce Antunes da Costa"
( AC ...e continua a fazer todo o sentido tê-lo feito aí, pelo que escrevi)
Beijinhos para os dois,
E até amanhã ou depois.
Dulce
Olá, Manuela e Jaime.
Inverno, Natal, tudo junto e cada qual com sua beleza e suas reflexões, espero que ainda tenha um chá para tomarmos juntas.
Beijo e muita alegria.
Renata
Manela:
A Renata voltou...talvez tenha encontrado a estrela perdida que os Magos tanto procuram... Fiquei feliz pelo seu regresso mas "perdeu a alegria"...confessa-me que abusou um pouco dela... eu penso que nunca é demais ter alegria. Ficou só com os anjos propícios para esta quadra... "Por toda a vida" não me abre a porta e os anjos estão nos fundilhos do céu ( meu blog..algures) e eu queria comunicar-me com ela...sabes como? Tu, qie tornas os invisíveis, visíveis e tens magia nas tuas mãos, não saberás por acaso( ou sem acaso) o caminho que leva até á nossa Renata??
Beijocas, Amiga
Graça
Olá Manuela,
graças a ter-lhe "roubado" o vídeo descobri a interessante história deste barítono alemão e de como se tornou um execpcional cantor, sublimando na arte o facto de ter nascido vítima de Talidomida tomada por sua mãe.
Não o conhecia e já encontrei novos e interessantes vídeos.
Quanto à prudência de saltar para as livrarias, neste momento poderá ser um nadinha cedo, depende do material que tiver, mas que tudo me diz que daqui a uns tempos é êxito garantido lá isso acho que é certo. Vá continuando as suas histórias e quando achar que tem material suficiuente convide uns editores a passar por aqui e verá se eles não as acham fabulosas. :))
Eu sou das primeira cliente e quero um autógrafo bem engraçado, daqueles divertidos que sabe fazer nos comentários, hihihi.
O que eu me rio às vezes...!
Beijinhos
Olá a todos.
Venho informar todos os seguidores e leitores do blog da Manuela de que ela tem estado sem acesso à net.
Como tal, em vez de nos manter aqui encantados com as suas histórias, penso que deve andar a pensar como vai manter a calma...do Jaime!!!
Aguardemos o regresso da nossa amiga.
1 abraço.
Ana Cristina
Ana Cristina
Obrigada pela mensagem!
mas eu cá por mim estava nas calmas...
Bem mais estafante é aturar a Zon com os seus discursos gravados e os seus call centers!
Beijinhos
Manuela
Graça
já entrei no blog da Renata!
Experimenta outra vez.
Beijos
Manuela
Minha querida Branca
Agradeço o seu optimismo!
Logo se verá...
Um beijo
Manuela
A todos
só quero avisar
que a Alegria
atravessou de novo o Oceano!
Manuela
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