Perdemos dois gramas de peso. Escurecidas as
folhas, as casas, as marés e as meninas dos nossos olhos.
Há um vale de gelo algures, crateras, longos penhascos e em
outro lugar, um castelo de pedras angulares com uma torre virada para o mar.
Nela canta uma mulher à espera e os dedos abertos sobre a face fazem lembrar os
palmeirais ao entardecer.
No equinócio.
19 comentários:
Chegou a meia noite, as irmãzinhas da Segurança Social começaram a levar-me para o relento,
e eu,
coitada,
a tentar mexer a vértebra para o lado, só perguntava, não acham que ainda e cedo para o meu calvário?...,
e elas,
isto e só para as da lista VIP, amanhã, aliás, hoje, vai haver eclipse, e já que não consegues ser útil em nada, ao menos ficas com os os olhos postos no céu, para ver se há mesmo eclipsações solares, e eu, uma "ingénera", ainda perguntei, mas vai o solzinho dançar, e elas, achas?, filha, andas um bocado desatualizada: passa-lhe uma coisa à frente, ele fica escuro, e nada mais, danças, só nos alunos de Apolo, e em dia de festa, e lá me puseram na rua, sorte ser lua nova, por que, devagarinho, começaram a vir as sombras do costume, eu a querer a ver os céus e a ficar com os olhos cobertos de caras pretas, dizem que aquilo é lá para as nove, a essa hora já devo estar eu como os favos de abelhas, quando os operários vêm visitar a mestra, acho que vou olhar para cima e só ver um eclipse de carapinhas...
Para o comum dos mortais, o próximo é em 2026, para mim, vai já ser no sábado a seguir a esta sexta, aliás, todos, todos, os dias.
creio que nasci para a Astronomia, não acham?...
Sou uma Jacinta por favor e um Steve Hawking por fora,
por fora,
e da barriga para baixo,
só rezo para que com tanto eclipse não fique como ele, com a boca toda torta...
MANUELA BAPTISTA
Há
há mesmo minha querida
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 20 de Março de 2015
Não não parecem palmeiras
mas ciprestes
destes
de ornamentar cemitérios
.
.
. há em Si . uma estrela de alva . a qualquer hora do dia . como se fora um astro que alastro a todos os corpos celestes .
.
. íssimo . sempre feliz .
.
.
Aqui não há tristeza nem luto, apenas algum escorbuto, proveniente de uma árvore fruteira, da família das rosáceas...
Kriu?
Que nunca te palmem as palavras!
Kriu!
A pintura das palavras faz um quadro luminoso.Foi necessário parar,ganhar novo alento para caminhar,adentrando nesta paisagem.
Ouço o cantar da mulher. Tem nas mãos todos os sonhos do mundo. Por isso os seus dedos se alongam sobre o rosto...
Um beijo, Manuela.
Chegou a primavera nos teus versos e, por certo, a mulher canta feliz por uma tão longa espera...Beijo
Graça
No Dia da Poesia e da Árvore fui procurar as coisas leves, e estão sempre no lugar das menos encontradas: trouxe o bonsai, em vinha, para casa.
Antes da sua viagem, teve uma extremidade cortada, e agora, que as horas são passadas, no lugar do corte há uma forma de lágrima, como se todas as frutas do mundo se estreassem nesta antecâmara da primavera.
Creio ser isto a lógica afetiva do Mundo
No hemisfério sul temos a primavera ainda longe.....mas cantamos o belo outono e começamos a nos despedir das chuvas....que pena!
Beijinho Manuela
<°))))< Bia
No equinócio
lá no palmar
tanto vale
o solar
como o luar
Chegando outono aqui, muito lindo.
Beijo Lisette
Um belo ciclo de marés
"Os palmeirais ao entardecer": é isso :-)
Vou agora visitar o equinócio ao contrário, nas minhas praias onde as estações estão ao inverso, e as falésias cobrem todas as cores do arco íris. Sombras quentes e o mar equatorial, e, pelo fim, uma lua cheia de alíseos.
De lá trarei um pouco, para deixar aqui :-)
dépaysement
boas viagens!
de aqui, levarei um pouco para deixar ali
Sonho. Vejo-me na torre do castelo a ver o mar ao fundo e encantando o meu anoitecer...
Beijinho amigo,Manuela.
E dessa torre vejo a primavera :)
bjs
.
.
. vin.te . ver . :) . e deixar.te um abraço longo e prolongado . lutadora ímpar . na permanente demanda dos dias felizes .
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. íssimo . sempre . e para sempre feliz .
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