Os dias tórridos, o tanque das regas, cuidado com as
trovoadas, não mergulhem, não se atrevam. Aquela história antiga do rapaz
e da bicicleta e do raio que o matou perto da oliveira que lhe serviu de abrigo
e morta a oliveira e o rapaz, entristeciamo-nos um pouco apenas.
Comíamos finas fatias de melão à merenda e não me recordo
de outros assim, simultaneamente doces, picantes e sumarentos. Na pouca luz
noturna os céus eram de estrelas e o vento quente sussurrava-nos loucuras
ternas.
O verão não se pintava já de azul-marinho, talvez
azul-pervinca.
8 comentários:
MANUELA BAPTISTA
Fosse de que azul se pintava o verão, como sempre, maravilhoso!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 13 de Setembro de 2019
Isto, isto é o Verão!
~CC~
Vais me dizer
que não tem nada a ver
mas estou prestes a exterminar
não sei se uma colmeia
não sei se um vespeiro
e tu distraída com as loucuras ternas sussurradas pelo vento.
Só de pensar que possam ser abelhas, tremo
é azul-paixão, Manuela. Tanto azul só pode ser a cor dos sussurros murmurados rente aos ventos.
Sempre tão belas as tuas histórias…
Uma boa semana.
Um beijo, minha Amiga
O azul do dia, e o azul da noite, o azul das histórias com as estrelas que nos tocam a magia do tempo. Que seja então o azul-pervinca.
Todos temos um azul que nos pinta as estações e as emoções!
Um beijo para si, Manuela e um feliz mês de outubro.
Já não há histórias assim coladas da boca aos ouvidos. E duvido que haja ainda melão como é recordado. Mas havia. Mas havia tudo como a Manuela conta no continho. Por isso lhe estou grato por mais este exercício de bom gosto. Eu gosto de tudo: oliveiras, trovoadas, tanque d'água, melão, verão azul-azuis...
Abraço com luz
A vida sem asas seria um inesgotável deserto
Bj
talvez os azuis tenham mudado, e nem reparámos :(
beijinhos
:)
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