tremeu de febre a casa
desaprendeu o tecto o abrigo a telha e a almofada
inventamos tudo mas não sabemos nada
o menino e o balão branco brincam-se
a mãe chora
o medo tomou conta das aves mortas calado o canto o voo
o espanto como as flores da cerejeira
se o vento soprar para o outro lado de lá onde a gente está e não está
quem sabe se soprará
nuclear é a família quando todos se vão embora
e a rosa é pálida esquálida
nos templos os deuses estão de costas na incerteza dos lamentos
se o vento soprar para o outro lado de lá onde a gente está e não está
quem sabe se soprará
nuclear é a família quando todos se vão embora
e a rosa é pálida esquálida
nos templos os deuses estão de costas na incerteza dos lamentos
e da dor
ácida a chuva amaldiçoado o chá o leite o vinho e o pão
concreta a condição das águas errática a natureza dos homens
reaprendido o fogo
escreveremos um poema pincelado cerimónia solene do nascente sol
e não me falem da primavera nem do verão
ácida a chuva amaldiçoado o chá o leite o vinho e o pão
concreta a condição das águas errática a natureza dos homens
reaprendido o fogo
escreveremos um poema pincelado cerimónia solene do nascente sol
e não me falem da primavera nem do verão
fotos de mb
28 comentários:
Boa noite Manuela Batista
Este é um grito que vem do Sol Nascente.
A casa tremeu e o tecto caiu.
A dor é grande a luz ruiu
O mar avançou e tudo levou
Nem lágrimas já sobram
A morte e a dor se dobram.
Poema com muita carga de sofrimento.
MANUELA BAPTISTA
De espanto, no concreto da condição das águas e do errático da nossa condição, me associo a ti e reforço o meu silêncio ...!
Como dizer que é belo o que grita, chora o por demais terrível e inesperado!?
O que se tornou, qual bomba relógio, imprevisível!?
Trago o Japão no meu coração!
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Março de 2011
Não falarei por enquanto, mas é preciso, é urgente !!!
Amiga, Manuela, bem haja.
Hoje perguntei-me, todo o dia, o que fazer para me sentir melhor. Estou doente, mesmo!
Mas o que mais me dói é o coração.
Julgo conhecê-la suficientemente bem, para me autorizar a publicar o seu poema lá na casa do rau junto à minha vela!
Vou levá-lo, deixo as rosas, mesmo sendo as mais belas que já vi.
Beijo doce.
Ná
Levei as rosas também!
Afinal fazem parte integrante.
Obrigada
Abraço
Ná
Ná
leve
como o vento
um beijo
manuela
Manuela, bem haja pelo seu poema. Diz tudo em tão pouco e tão bem!
Beijo ♥
Manuela,
"inventamos tudo mas não sabemos nada"
esta é uma grande verdade!
sofro... mas a minha dor é nada, comparada à dor de quem na pele sente as consequêcias directas desta(s) catástrofe(s) e não culpo a Natureza de nada...respeito-a!
Manuela,
o poema dói e não é só por ser bomito... dá um nó na garganta e aperta-nos o coração que se farta!
um beijo
Walter
E eu que nada sei Manuela,
fico sempre com a alma presa a um balão branco e à mãe que chora a destruição do mundo.
Na palidez da rosa,
nada mais é, nada mais importa.
Um beijinho
Olá querida amiga
Muito triste e verdadeiro.
Palavras totalmente próprias.
Fico muda diante de tanta tristeza.
Obrigada pelo texto.
Com muito carinho BJS.
Indomáveis
as forças da natureza
Palavras que doem as suas
mas porque sentidas
são verdadeiras
Frágil a relação do homem
a mão divina
o sobressalto do balão que subindo foge... longe, longe,
e tão perto
aqui...
"nuclear é a família quando todos se vão embora"...
e tantos foram. tamanha a dor que seca as lágrimas.
Manuela, creia, este poema sensibilizou-me em consciência do quanto somos: um quase nada...
Bem-haja
Beijo e o meu carinho
Mel
Manuela,
Já antes, muito antes, visitei este espaço e bebi destas palavras. Retirei-me em silêncio, na convicção de que este talento, que constrói histórias e poemas a partir de pormenores, detalhes e minudências da realidade, se escreve com letra grande.
Voltei para agradecer e deixar, desta forma, votos de bom fim-se-semana.
Beijo
O sol aquece
e legitima a indiferença
pela ordem estabelecida,
a exuberância do gesto
no decote descaído,
na saia arregaçada até à cintura
no pé nu
descalço na areia.
Extracto de poema de Maria José Areal.
Beijo
Ná
Manuela,
Não sei que dizer, porque está tudo condensado nas suas palavras e a dor é sempre tão difícil de expressar quanto outros sentimentos que a acompanham, como o amor.
Nunca sei que dizer perante a tragédia, fico sempre em silêncio, que é como tenho passado por aqui.
Não consigo dizer nada que seja menos belo que o seu texto, todas as palavras seriam inúteis.
Deixo um beijinho com o coração a nascente.
Branca
A solenidade do nascer do Sol na impressão da incerteza da palavra, num poema belo e certo...
Bjs
Chris
.
.
. provavel.mente o momento mais terno na plenitude da solidariedade .
.
.
. provavel.mente um acto de amor .
.
. [. voltarei um dia Bangkok . voarei dentro de momentos para Phuket . sao oito horas e dez minutos a.m.] .
.
. feliz . issimo . issimo .
.
.
Amiga espero-a
CONVITE
A Direcção da Casa de Angola tem a honra de convidar V.Exa. para a apresentação do livro
Caminhei&caminhando de Lili Laranjo, bem como a inauguração da exposição de pintura da mesma autora intitulado Angola no meu coração a realizar no dia
8 de Abril pelas 17h, que terá lugar no nosso auditório.
Na mesma data organizamos um jantar no nosso espaço gastronómico.
Para reservar queira por favor contactar os nossos serviços.
Com os nossos melhores cumprimentos
Miguel Sermão
Egidio Feijó
Departamento Cultural
Travessa da Fabrica das Sedas, nº7
1250-107 - Lisboa
Telef. 21 386 3496
( Este Convite é um pedido para ter os amigos e os amigos dos amigos.. o jantar será caldeirada de cabrito e a preço económico.)
inventamos tudo e não sabemos nada.
tambem me sinto assim, muitas vezes.
o teu poema é um grito e eu emocionei-me.
e mando daqui um
beij
Emocionante forma de dizer o sentimento e a dor!
Obrigada !
.
.
. vin.te ver :))) .
.
. e deixar.Lhe another point in phuket .
.
. e,,, um beijo feliz .
.
.
vinte com sabor a jasmim,
what a point!!
mb
Os deuses têm mais que fazer.
Deram-nos o livre arbítrio... portanto, continuamos a experimentar e a aprender. E a reaprender.
E o teu poema é brilhante. Gostei.
Querida amiga Manuela, tem um bom Domingo e uma boa semana.
Beijos.
Manuela, você como ninguém , sabe falar da nossa dor, da dor do mundo frente as calamidades.beijos
Um poema que diz tanto que só o silêncio é legítimo...
Obrigada pela tua presença na minha Festa.
Um grande beijo.
"quem sabe se soprará"
Sim...Trazemos o japão no nosso coração.
E estando longe...estamos tão perto
Porque o nosso pensamento voa,
e bem sabemos não precisarmos sequer de soprar...
Dois beijinhos de boa noite, amigos.
dulce
grata a todos!
manuela
boa noite, amigos...
LIndíssimo...derrama tristeza em cada gota o orvalho dessas rosas, beijos,
obrigada Glorinha!
um beijo
manuela
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