Não me esqueço. Dos terrenos rochosos, das zonas
montanhosas, da beira dos caminhos.
Paixão, morte e ressurreição. O princípio, uma impressão
viva, um amor ardente, uma pena, um pesar maior. A contradição de todos os
dias, umas vezes contrição, outras, apenas não.
Não te esqueças. Regressam pequenas e rastejantes,
florescem com o calor, azuladas, branqueadas, rosadas.
Estas são prematuras, chegaram pela Páscoa, para que não
as esqueçamos no verão.
5 comentários:
MANUELA BAPTISTA
... poema em quatro parágrafos e tons de azul ...
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 30 de Março de 2018
Paixão, morte e ressurreição...
...para que não as esqueçamos no verão
Como esquecer, Manuela? Tu trazes-nos a Primavera e a Páscoa enfeitadas de miosótis... Belíssimo!
Uma Páscoa cheia de bons momentos.
Um beijo, minha Amiga.
Não me esqueço.
E se me esqueci de lhe desejar uma boa Páscoa, deixo aqui bons votos deste mistério de fé.
Ao tempo que isso lá vai,
a páscoa da ressurreição
Para mim não!
Se é isso que me motiva:
dar corda às pernas, aos olhos,
abrir o peito ao ar,
para que o pulsar
não morra e, depois,
perca o voltar.
Bj.
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