Alguma coisa estalou, como o ramo frágil de uma árvore, como um pedaço de lenha quando começa a arder. Como a casca de uma noz.
A seguir, um silêncio. Curto, preciso, distinto.
A velha senhora disse:
-Acho que as pinhas da araucária vão começar a cair...
No entanto lá fora, as folhas amareladas das árvores tornaram-se de repente vermelhas e os pássaros mais pequenos agitaram as asas como se quisessem voar, mas não voaram.
O jardineiro olhou para o canteiro das couves e resmungou: "Ia jurar que já as tinha apanhado e sacudido a terra!" -à sua volta, respondeu-lhe a imobilidade calma do cortador de relva.
Na cozinha, uma mulher derretia o chocolate para o bolo e pensava "É pouco, não vai chegar para um bolo, quanto mais para dois..."- mas começou a partir pedacinhos e a comê-los e sentiu-se bem.
O rapaz gritou:
- Não temos internet! Nem televisão!!!
Às 12 horas os telefones deixaram de funcionar e às 15 horas já não havia luz. Sem aquecimento as casas grandes começaram a gelar, apesar do fogo crepitar em algumas lareiras.
A seguir, um silêncio. Curto, preciso, distinto.
A velha senhora disse:
-Acho que as pinhas da araucária vão começar a cair...
No entanto lá fora, as folhas amareladas das árvores tornaram-se de repente vermelhas e os pássaros mais pequenos agitaram as asas como se quisessem voar, mas não voaram.
O jardineiro olhou para o canteiro das couves e resmungou: "Ia jurar que já as tinha apanhado e sacudido a terra!" -à sua volta, respondeu-lhe a imobilidade calma do cortador de relva.
Na cozinha, uma mulher derretia o chocolate para o bolo e pensava "É pouco, não vai chegar para um bolo, quanto mais para dois..."- mas começou a partir pedacinhos e a comê-los e sentiu-se bem.
O rapaz gritou:
- Não temos internet! Nem televisão!!!
Às 12 horas os telefones deixaram de funcionar e às 15 horas já não havia luz. Sem aquecimento as casas grandes começaram a gelar, apesar do fogo crepitar em algumas lareiras.
As crianças entediadas bocejavam ou então experimentavam a força dos punhos e a resistência dos cabelos das meninas. Foram expulsos de casa. Afinal para que servem a rua e o jardim?
Depois das crianças, foram os personagens das histórias que começaram lentamente a sair dos livros e dos computadores desligados: o Quebra-nozes, a Menina dos Fósforos, Rufus o gato e Vadio, o barco que não gostava de humanos. Deambulavam pelos quartos e pelas salas, invisíveis e serenos soprando segredos aos ouvidos das pessoas com quem chocavam.
Da casa alta que tinha sido bela mas já não era, deslizaram alguns fantasmas um pouco pálidos e o homem que não tinha casa mas possuía sete cães brancos, aproximou-se lentamente como se o tivessem chamado e sentou-se no chão a observar as brincadeiras das crianças. Os sete cães brancos sentaram-se com ele.
O Poeta trouxe um caderno e um lápis e a Pintora foi a correr a casa buscar as tintas e o cavalete.
Ao entardecer as pessoas acenderam velas e tochas, retiraram dos sótãos e das caves as cadeiras com caruncho, os móveis velhos e inúteis e tudo o que pudesse arder e exactamente no centro do cruzamento atearam uma enorme fogueira e instalaram-se à sua volta a conversar, coisa que já não faziam há muito tempo, porque o tempo estava em falta, o que não é exactamente igual à falta de tempo.
Está crescido o bebé! e a sua filha já acabou o curso? não! não! para obter uma fotografia com resolução óptima, deverá usar outro tipo de lente. e o senhor é? eu? sou o fantasma do Alemão da casa abandonada! ah sendo assim! e há outros? não conheço...esta fogueira, aqui no meio deste cruzamento...não me parece muito legal, mas como estou de folga...não acha que poderíamos jantar cá fora sob as estrelas? não seja por mim, eu e os meus cães não fazemos outra coisa.está bonito esse quadro! as meninas estão a morder o macaco?? pois é, na verdade não sei porque é que ainda estou a viver em Londres, aqui, inspiração não me falta...vamos fazer chocolate quente, o bacalhau e as couves ficam lá dentro, afinal as crianças enrolam-no na boca e sempre odiaram couves! avó adormeceu? não! estou a dançar com o teu avô! mas o avô..viram passar um barco?
O aroma do chocolate quente espalhou-se por mais três ruas e vinte casas, as broas, os sonhos e os coscorões desapareceram das travessas e para aquecer os pés, beberam dez garrafas de vinho do Porto.
Sob um tecto de estrelas num céu sem lua, outras fogueiras se acenderam, o vento frio foi trazendo o som distante de um cantar, as vozes doces de quem conta histórias e o tilintar alegre dos copos de cristal e só muito tarde na noite regressaram às suas casas grandes e antigas e deitaram-se com o coração quente e uma paz dentro do peito. Cá fora profundamente adormecido, permaneceu o homem sem casa, fiel aos seus sete cães brancos e Rufus o gato, a contemplar as estrelas.
Mesmo antes do amanhecer quando as fogueiras se extinguiram e o silêncio cobriu as ruas, as casas, as árvores, os ninhos dos pássaros e as coisas da noite, a temperatura baixou e pequenos flocos de neve começaram a cair. Eram tão leves, tão leves que se perdiam no ar puro e frio e apenas Vadio, o barco, estremeceu, como se alguém lhe acariciasse o casco e ao sentir saudades de mar, regressou à história de onde tinha fugido.
Depois das crianças, foram os personagens das histórias que começaram lentamente a sair dos livros e dos computadores desligados: o Quebra-nozes, a Menina dos Fósforos, Rufus o gato e Vadio, o barco que não gostava de humanos. Deambulavam pelos quartos e pelas salas, invisíveis e serenos soprando segredos aos ouvidos das pessoas com quem chocavam.
Da casa alta que tinha sido bela mas já não era, deslizaram alguns fantasmas um pouco pálidos e o homem que não tinha casa mas possuía sete cães brancos, aproximou-se lentamente como se o tivessem chamado e sentou-se no chão a observar as brincadeiras das crianças. Os sete cães brancos sentaram-se com ele.
O Poeta trouxe um caderno e um lápis e a Pintora foi a correr a casa buscar as tintas e o cavalete.
Ao entardecer as pessoas acenderam velas e tochas, retiraram dos sótãos e das caves as cadeiras com caruncho, os móveis velhos e inúteis e tudo o que pudesse arder e exactamente no centro do cruzamento atearam uma enorme fogueira e instalaram-se à sua volta a conversar, coisa que já não faziam há muito tempo, porque o tempo estava em falta, o que não é exactamente igual à falta de tempo.
Está crescido o bebé! e a sua filha já acabou o curso? não! não! para obter uma fotografia com resolução óptima, deverá usar outro tipo de lente. e o senhor é? eu? sou o fantasma do Alemão da casa abandonada! ah sendo assim! e há outros? não conheço...esta fogueira, aqui no meio deste cruzamento...não me parece muito legal, mas como estou de folga...não acha que poderíamos jantar cá fora sob as estrelas? não seja por mim, eu e os meus cães não fazemos outra coisa.está bonito esse quadro! as meninas estão a morder o macaco?? pois é, na verdade não sei porque é que ainda estou a viver em Londres, aqui, inspiração não me falta...vamos fazer chocolate quente, o bacalhau e as couves ficam lá dentro, afinal as crianças enrolam-no na boca e sempre odiaram couves! avó adormeceu? não! estou a dançar com o teu avô! mas o avô..viram passar um barco?
O aroma do chocolate quente espalhou-se por mais três ruas e vinte casas, as broas, os sonhos e os coscorões desapareceram das travessas e para aquecer os pés, beberam dez garrafas de vinho do Porto.
Sob um tecto de estrelas num céu sem lua, outras fogueiras se acenderam, o vento frio foi trazendo o som distante de um cantar, as vozes doces de quem conta histórias e o tilintar alegre dos copos de cristal e só muito tarde na noite regressaram às suas casas grandes e antigas e deitaram-se com o coração quente e uma paz dentro do peito. Cá fora profundamente adormecido, permaneceu o homem sem casa, fiel aos seus sete cães brancos e Rufus o gato, a contemplar as estrelas.
Mesmo antes do amanhecer quando as fogueiras se extinguiram e o silêncio cobriu as ruas, as casas, as árvores, os ninhos dos pássaros e as coisas da noite, a temperatura baixou e pequenos flocos de neve começaram a cair. Eram tão leves, tão leves que se perdiam no ar puro e frio e apenas Vadio, o barco, estremeceu, como se alguém lhe acariciasse o casco e ao sentir saudades de mar, regressou à história de onde tinha fugido.
-
-
Esta é uma pintura informal
ausência de composição organizada
abstracção lírica da noite em que nevou no Natal.
ausência de composição organizada
abstracção lírica da noite em que nevou no Natal.
-
Manuela Baptista
Estoril, 11 de Dezembro 2009
47 comentários:
AUSÊNCIA DE COMPOSIÇÃO FORMAL
Saltam palavras para a rua
a noite
a brisa e a tua
escrita
que por ser tão nua
crepitada
branca
crua
cai como flocos
actua
como canto
que pontua
da neve que o Natal
já sua
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 11 de Dezembro de 2009
Jaime
na realidade virtual
até podem chover cães brancos
porque vadios são os barcos
...
Gostei da tua ausência de composição formal!
mas o que eu queria mesmo
era fazer o Natal, ali em baixo no cruzamento...
Manuela
Gostei deste conto. Um ponto no cruzamento. O encontro á fogeira depois de arirar para lá todas as coisas guardadas e carunchosas do tempo.
Parabéns!
Bom Natal!
Gostei deste Natal desconstruído e como eu gostava também de o fazer ali naquele seu cruzamento...
Quem sabe um dia destes será "Natal"...!!!
Beijinhos Manuela.
Branca
Um excelente texto que passa do real ao imaginário e cria a ambiência fantástica de um natal partilhado.
Um beijo.
Bonito blogue.
Parabéns :-)
Um Natal vivido na Irmandade
Lindo, Manuela
Beijinho
Filomena
Contracena
de facto o capitão gancho e o crocodilo fizeram as pazes
mas o relógio ainda não saiu da barriga do segundo...
agora vou ali
soltar mais um dois fantasmas
para que
como o seu
espalhem palavras de amor.
Grande cena!!!
um beijo
Manuela
direitinho
Obrigada pelas palavras
essas
que não deitaremos nunca
na fogueira do tempo.
Bom Natal para si também
Um abraço
Manuela
Graça Pires
eu às vezes
passo tão depressa do real
ao imaginário
que tenho medo que os outros não passem comigo!
As suas palavras sossegaram-me
um beijo
Manuela
Jacintinha Marto
obrigada pelo elogio!
dava-lhe um abraço
mas tenho medo que se parta...
gosta de Tim Burton? ;)
Manuela
Filomena
consigo e comigo
só a Irmandade do Anel!!!
eu gosto dos Elfos...
beijinhos
Manuela
Brancamar
tão branca de neve
entre um direitinho
e uma graça
que a deixei para o fim, mas agora tenho mais tempo para estar aqui consigo!
Então
vou ensiná-la a encontrar este cruzamento onde moramos:
primeiro
chega ao Estoril (pode vir de barco, de carro ou de comboio) e olha atentamente para o mar, em seguida ouve-o
depois vira-lhe as costas
e vem por aí acima
segundo
não entre no Casino! às vezes é enganador...atravesse os dois parques de estacionamento e aí pare um pouco e descanse
terceiro
aqui chegada
tem três hipóteses
-chamar pelo gato Rufus e segui-lo
-ficar à espera do fantasma do alemão
-esperar que a Paula Rego venha passar férias a Portugal e subir a rua com ela
como vê
encontrar um cruzamento onde se faz uma consoada desconstruída não é fácil, mas a Branca tem força que se farta
não tem?
beijinhos
Manuela
http://passaro-notivago.blogspot.com/
O blog da minha filhota!
Sou suspeita pra falar,mas é bom,sutil...
rsrs
Tua história,como sempre,nos leva à reflexão...
Para que servem a rua e o jardim?
Estou sentindo saudade do mar...
...
Beijoquinhas
Linda
e existem mães subtis?
aquelas que têm saudades de mar?
obrigada pelo endereço,
vou lá espreitar...
beijinhos
Manuela
Encantadora a sua escrita... voando entre o real e o imaginário...
Dei comigo a remexer o báu da minha infância, também ela repleta de incontáveis histórias...
Passe no meu Blog, tem surpresa para os meus Seguidores.
Bom-fim-de-semana
Abraço
Manuela,
Fartei-me de rir com a sua explicação e fez-me lembrar aquele jogo televisivo da "Caça ao Tesouro", com o Henrique Mendes e a Catarina Furtado.
Teria muito gosto de descobrir o Tesouro, mas Manuela quando eu falava em Natal passado no seu cruzamento, pensava no Homem sem casa, no tecto de estrelas, num Natal que pode estar num qualquer cruzamento, porque o meu coração está sempre lá nestes dias e só não estou nesse Natal por dever de solidariedade para com os meus idosos, mas esse seria o meu Natal de sonho, esse é um dos meus sonhos, que ainda hei-de realizar.
Eu sei que me entendeu, mas vou guardar o mapa do Tesouro,:)
Um beijinho para si e outro para o Jaime.
Branca
Walter
gosto de baús
dos que estão repletos de segredos e de histórias
e dos outros
ainda sem nada
à espera de tudo!
Bom fim de semana para si também
e já contemplei as árvores da sua terra
um abraço
Manuela
Branca
obrigada pelos beijinhos que retribuimos!
Sabe,o homem sem casa é verdadeiro.
E nunca aceitou ajudas, ou alojamento porque não queria separar-se dos seus cães.
E ainda se fala em fidelidade canina...
bom fim de semana
Manuela
Manuela,
Depois de ler o seu encontro de Natal... o vento soprou!
Ouvi o som dos cantares,
do tilintar das taças e
senti o cheiro do chocolate.
Desci a rua com o coração a saltar...
Olharam-me com olhos de amor e recordando outros Natais, ouvi histórias de encantar.
Debaixo daquele céu cheio de estrelas, envolta na doçura de sorrisos e abraços, senti que todos os Natais, em todo o Mundo, deveriam ser assim.
Um Natal cheio de magia para si,
com salpicos de neve leve, branca e fria.
Manela
Este é um Natal diferente em que a fantasia dá as mãos ao real e se juntam no cruzamento mais próximo das suas recordações, trazendo tudo consigo...Não vi o soldadinho de chumbo...talvez com medo da fogueira,nem a bela adormecida, receosa com o frio que fazia...e os sete anões? Ou vivem noutro cruzamento?
E não é que conseguiste que nevasse? Eu não dizia?É certo que ainda não é Natal mas ,mais duas ruas acima, cairá o próximo nevão...O homem sem casa dormiu nessa noite no Vadio por isso, ele sentiu uma carícia no seu casco...
Lindo de se ler e lindo de fazer parte do conto...
Um beijo para ti e outro para o Jaime.
Graça
À volta desta fogueira
Aquecem os corações, almas penadas
À volta desta fogueira ninguém foje
Todos contam lendas de pessoas encantadas
Todos rezam, todos pedem
Que desça o céu à terra
Todos falam de um anjo
Que travou uma santa guerra
Manto de água, mundo verde
Manhãs de sol posto no céu
Às vezes a luz perde-se na noite
À vezes um coração veste um negro véu
Mágico beijo
Canduxa
a sua descrição da festa também é mágica!
beijinhos com muitos flocos de neve para si
Manuela
Graça
o soldadinho de chumbo, como lhe falta uma perna, chegou atrasado e a bela adormecida, como o nome indica, estava ainda a dormir...
Agora nós, que estamos aqui deste lado, podemos sempre entrar na história. Há decerto alguém que, do outro lado, nos abre a porta!
O Jaime agradece o beijo e eu retribuo pelos dois
Manuela
Profeta, Profeta
sempre a versejar
uma lenda encantada
vieste contar
de almas penadas
de anjos
de guerras
de musgo ao luar
às vezes a luz
encontra-se na noite
às vezes...
um abraço
Manuela
"... e só muito tarde na noite regressaram às suas casas grandes e antigas e deitaram-se com o coração quente e uma paz dentro do peito."
Foi-o o primeiro dos Sinais do tempo que faltava e que agora estava preenchido com muito Amor com muitos Afectos,
em muitos Abraços de luz e de Esperança
Foi-o o primeiro dos sinais de Alegria..., da alegria que não tardaria chegaria
e que bom que o fosse a todas as casas a todos os cantos e cruzamentos,
que o fosse durante muito tempo que não só neste nosso tempo de Advento,
E a Estrelinha da Esperança
Única
continuará desenhando o seu caminho, tão preciso
e que sim passará por aqui
e por aí...
E entretanto, num tão sentido silêncio caíram os primeiros flocos de neve,
tão branca...
Manuela esta história lembra-nos que o Natal está quase a chegar ... talvez, talvez o seja, o nosso próximo apeadeiro...
Gostei muito. Senti tão grande forte aconchego,
pelas velas tochas por tanto se ter e sobretudo pela abundância do tempo nesse encontro de Todos naquele cruzamento...
Um abraçinho Manuela, grande. De esperança.
Dulce
. olá Manuela .
. li e reli este conto vezes sem conta .
. e que bem me soube entrar nas histórias de onde saíram, ainda que por momentos apenas, as personagens que enuncia e que não me saem da cabeça .
. gosto particular.mente da menina dos fósforos .
. é tão bom podermos contar com a Manuela para nos acrescentar os dias ... .
. que em cada conto acrescenta um ponto . ao meu sentir .
. e,,, nestes dias frios, sento.me por detrás da vidraça a ler os seus contos vezes sem conta .
. lá fora o natal chega .
. cá dentro já a tenho a Si .
. na certeza de todos os natais .
. nunca deixe de escrever . as palavras que usa, o léxico da sua narrativa sublime .
. tudo tão verdadeiro . as personagens . mesmo as mais surrealistas . na vivência de uma ternura que jamais esquecerei .
. um beijo total .
. paulo .
Dulce
esta história
mais do que lembrar-nos que o Natal está quase a chegar
lembra-nos
que existem cruzamentos que têm absolutamente de ser povoados
pois só assim exercemos a nossa humanidade.
Como tão bem diz,
"sobretudo pela abundância do tempo nesse encontro de Todos naquele cruzamento..."
beijinhos
Manuela
Paulo
também eu li e reli
as suas palavras vezes sem conta.
e que posso eu dizer a quem acrescento os dias e o sentir
a quem desejo o sol
por detrás da vidraça
para que não tenha frio
nem medo
nem vazio??
Pode contar comigo.
hoje dou-lhe
um beijo e um abraço!
Manuela
._________olá:) Manuela
...saltei duma história de férias. e num único pulo
fui até à "casa" do paulo_______levando o sorriso na ponta dos cabelos e fitas de mil.cores.nos.olhos_____...
outro pulo
__________estou aqui:)
estou aqui! maravilhada!!!
já entrei e saí das histórias. fui:______cortador de relva.soldadinho quebra nozes.criança.mulher.vadio.rapaz.lápis.jardineiro.cão.folha de papel.gato_________..._________...
.e vela acesa
sim! vela acesa_________porque saio daqui a brilhar para a minha história de férias:)
///
.muitos parabéns por este "espaço"
.um en.canto do tempo.
______________///
beijO______ternO
Manela:
Assim numa tarde fria como a de hoje, em que entro saio para o jardim constantemente (estou a podar o chorão...) sento-me aqui en frente do computador, conversando contigo, tendo uma chávena de chá bem quentinha ao lado, para me aquecer por dentro e faço-te um convite:
Não sei se reparaste, em Dezembro iniciei digamos, uma rubrica: "Zambeziana convida...." E a minha primeira convidada foi a Lusibero que me deu a alegria de aceitar esta proposta. Cada mês convido um amigo virtual para escrever sobre o que quiser.
Gostaria de começar o ano contigo e editar o teu post no dia 6 de Janeito que é o fecho do ciclo natalício. Caso aceites, farás o favor de enviar o teu texto para o meu mail. Certo???
Fico á espera da tua resposta.
Beijo
Graça
Betty
as fitas de mil cores
pairaram sobre a minha cabeça
ali em baixo no jardim
neste primeiro frio do entardecer
e agora
assim
com o nariz gelado
ouço as suas palavras e tremo
não pelo frio
mas pelo calafrio
de saber
que há pessoas verdadeiramente bonitas
a entrar e a sair
dos livros que ainda não escrevi
enfeitiçadas por estes seres a que tenho a ousadia de dar vida!
e
com o seu brilho no coração
dou-lhe um beijo
e digo-lhe
que também eu gosto de pulos...
Manuela
Ó Graça!
fico sensibilizada e a meter os pés pelas mãos!
Tem de ser uma história de Natal,um original, ou pode ser outra?
E qual é o prazo limite?
bem com tanta pergunta o melhor é mandares um mail com o regulamento!
Estou a brincar claro :-)
Vou responder por mail, está bem?
beijinhos
Manuela
Fazem falta a internet, a TV, os telefones e todo o conforto a que nos fomos habituante. É importante saber doseá-los e reencontrar o tempo dos serões à fogueira. Vamos acender uma bem grande e partilhar o nosso Natal, porque vai nevar.
Um beijinho,
Maria Emília
Maria Emília
de facto a dose certa das coisas
mantem-nos equilibrados.
Mas às vezes dá gozo trocar o sítio às coisas não dá?
um beijinho
com muito frio e neve nas terras altas
Manuela
Manela
Só para te dar um beijinho (constipado...) de boa noite.
Estive de cama todo o dia...ontem apanhei muito frio no jardim...O
Nuno trouxe-me agora um copo de leite quente com mel...estes miminhos fazem-m bem!!!
Falo depois melhor contigo sobre a tua preciosa colaboração.
Beijo
Graça
Graça
as melhoras!
Os jardins conseguem ser tramados quando querem...
beijinhos
Manuela
Manuela,
Venho trazer-lhe um presente de Natal, porque o meu foi o seu Positivo/2009.
Afinal adivinhou que havia um Positivo, também do Frei Rito Dias, aqui lho deixo:
Positivo/84
Um soldado depôs as armas
só porque um rei mudou de ideias.
Um padre negro recebeu o Nobel da Paz
só porque se juntou ao grito dos pobres.
Dois inimigos políticos reconciliaram-se
só porque Francisco entrou na cidade.
Um rosto sub-alimentado sorriu
só porque as mãos seguravam um pão.
Um muceque inteiro encheu-se de festa
só porque chegou o auto-tanque da água.
Um velho não teve medo à morte
só porque outro velho o ensinou a viver.
Uma criança declamou um poema
só porque outra Criança nasceu em Belém.
E desta forma aproveito para lhes desejar, a si ao Jaime e a toda a família um Santo Natal.
Beijinhos.
Branca
BRANCAMAR
Querida Amiga,
Pela minha parte aqui Lhe desejo um Santo Natal e um feliz Ano Novo estando certo que a Manela aqui virá retribuir-Lhe bem ou melhor do que eu.
Um grande beijinho
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 16 de Dezembro de 2009
Branca
não pressenti um positivo
inventei!
Mas vindo de um frade dou graças por ele ter escrito um positivo 84, pois se o clero des(Anima)...
Obrigada pelo poema e também eu lhe desejo Feliz Natal!
beijinhos
Manuela
Olá Manuela,
Eu sei que inventou o seu positivo, mas foi uma linda coincidência e o seu é muito melhor que o do frei.
A Manuela quando inventa não brinca em serviço. Eu estava a achar aquele poema muito forte, deu-lhe um sentido mais positivo, tem razão no radicalismo que refere, mas às vezes precisamos de nos abanar.
É o desabafo de um homem, num momento, que viveu cerca de 30 anos num país em guerra.
Agora anda por Timor, a entrega e o espírito de missão.
Beijinhos
Em silêncio,à luz dos fósforos da Menina,escuto Tchaikovsky, vejo-me princesa que espera seu príncipe. Aguardo a neve que vai cair no Natal.
Obrigada Manuela, pelo mote.
Um beijinho,
Maria Emília - Anima Mundi
"O aroma do chocolate quente espalhou-se por mais três ruas e vinte casas, as broas, os sonhos e os coscorões desapareceram das travessas e para aquecer os pés, beberam dez garrafas de vinho do Porto"
E Manuela que o foi, foi (!)
Um Natal Único, por sê-lo também tão doce...
Muitos beijinhos
com sonhos coscorões azevias...
dulce
Ó Branca
se é melhor pode roubá-lo!!
e grande homemo seu Frei!
beijinhos
Manuela
Maria Emília
Obrigada eu
por todos os motes que me tem emprestado!!
beijinhos
Manuela
Dulce
então vamos nós também
fazer um brinde com vinho do Porto, para aquecer os pés?
beijinhos
manuela
Vamos embora Manuela...!!
Muitos beijinhos
Dulce
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